Genética de resultados: como o PMGZ Carne verticaliza a cadeia produtiva e comprova com exatidão a superioridade de touros zebuínos melhoradores

O PMGZ Carne, desenvolvido pela ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu) em parceria com a JBS Friboi, vem cumprindo a sua proposta de mensurar com precisão científica o real impacto da utilização de genética PO nos rebanhos zebuínos de corte.
O mais recente abate técnico do programa – o primeiro de 2025 – foi realizado em março. Os 120 animais jovens, com idades entre 15 e 19 meses e média de 17 meses, oriundos do criatório Nelore Vera Cruz, passaram pelo abate após 98 dias de confinamento no Boitel JBS, em Barra do Garças (MT). E, assim como aconteceu nos abates anteriores, os números comprovaram a tese: filhos de reprodutores PO têm melhor desempenho no ganho de peso.

Em média, as carcaças analisadas pesavam 20,21 arrobas (303,10 kg), sendo 7,05 arrobas produzidas na fase de terminação, com rendimento médio de carcaça de 56,66%. O peso médio de entrada dos animais no confinamento foi calculado em 394,73 kg, enquanto o peso de saída foi de 541,45 kg.
“Com uma margem bruta de 26,41% na engorda, em um período de 98 dias, o lote demonstrou bom desempenho nessa etapa. Esse resultado oferece ao criador a possibilidade de avaliar as vantagens técnicas e econômicas do sistema, que incluem a liberação de áreas na fazenda e o aumento do giro de capital”, aponta o professor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e consultor da ABCZ, Ricardo Brumatti.

“Ao complementar o cálculo com um valor de referência para o custo inicial dos animais, o confinamento obteve uma margem bruta estimada média de 6,59%, valor que pode ser um pouco superior, já que os animais eram crias da fazenda do criador parceiro do PMGZ Carne”, afirma.

“O PMGZ Carne tem como objetivo tornar-se o maior programa de avaliação de carcaças de progênies de touros registrados na indústria da carne”, destaca o Gerente de Fomento do PMGZ (Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos), Ricardo Abreu. Para cumprir essa meta, o programa faz uso de cálculos e mensurações que revelam com exatidão a superioridade da genética melhoradora.
“É um programa muito interessante que a ABCZ criou, fazendo a parceria entre o produtor, a ABCZ e a indústria, onde o criador consegue certificar o trabalho feito dentro da propriedade e do programa de melhoramento”, avalia o Técnico de Registro da ABCZ, Divino Humberto Guimarães.
Para o criador, os números sinalizam uma aposta bem colocada – a certeza de que o investimento na genética oferece um retorno claro e confiável.

Da esquerda para a direita: o Gerente Executivo de Confinamento da JBS, Wesley Borba; Ricardo Abreu; Jairo Machado; Divino Humberto Guimarães e o Gerente de Pecuária do Nelore Vera Cruz, Cilso Lindolfo da Silva
“Essa parceria era tudo que a gente queria. Já temos o teste de progênie na fazenda, em que avaliamos a bezerrada na desmama, para mensurar a produção dos touros. Com o PMGZ Carne, vamos poder avaliar também no gancho”, diz Jairo Machado, pecuarista no comando do Nelore Vera Cruz.

Lote de carcaças dos animais jovens, que comprovam o potencial de maior ganho em menor tempo

PMGZ Carne é uma iniciativa da ABCZ, criadores e JBS. Para mais informações, acesse abcz.org.br ou entre em contato pelo telefone (34) 3319-3900.