17ª ExpoGenética: 4º Encontro Nacional de Criadores Participantes do PMGZ apresenta números e novidades do programa
Durante o 4º Encontro Nacional de Criadores Participantes do Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ), realizado na tarde de ontem (22) na 17ª ExpoGenética, importantes temas entraram em pauta, destacando a visão dos criadores sobre o programa e o papel das ferramentas do programa no progresso genético em diferentes sistemas de produção.
O evento, exclusivo para criadores do PMGZ, foi iniciado pelo presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Gabriel Garcia Cid. “Produzir e comercializar com qualidade exige esforço, adaptação e inovação. O mercado está em constante mudança, e é nosso esforço acompanhar essas transformações, buscando sempre as melhores práticas”, afirmou.
Na sequência, foi apresentado um relatório sobre os avanços do programa no último ano. As tendências e desafios do melhoramento genético de zebuínos também foram assuntos abordados no encontro. Os criadores puderam conhecer mais sobre técnicas inovadoras que estão mostrando bons resultados em propriedades rurais de várias regiões do Brasil.
“À medida que encurtamos a geração de monta, conseguimos sincronizar o nascimento dos animais para ocorrer em épocas mais favoráveis. Isso permite que as fêmeas mais velhas entrem na estação de monta no momento ideal, melhorando a eficiência reprodutiva e aumentando as chances de sucesso no acasalamento”, destacou Guilherme Pontieri, da Fazenda AgroPontieri.
O pecuarista Eduardo Penteado Cardoso, da Fazenda Mundo Novo, abordou sobre os índices de produtividade da linhagem Lemgruber na propriedade. “Trabalhamos com consanguinidade, o que faz com que a velocidade de melhoria genética seja um pouco mais lenta do que alguém que vai ao mercado e busca um animal top 0,1% para introduzir em seu rebanho. Optamos por não seguir esse caminho, pois preferimos manter a consistência genética dentro do nosso próprio plantel”.
Já a criadora Rafaela Potsch Ribeiro, da Fazenda São José e Tobaco, contou sobre os desafios da produção de carne e genética no Pantanal em um sistema extensivo de produção. “Fazer um melhor acasalamento, ter um controle rigoroso do rebanho e saber exatamente o que está melhorando a cada ano é fundamental para o sucesso na pecuária. Tenho contado com o apoio da ABCZ nesse processo, recebendo relatórios detalhados sobre as melhorias do meu gado. Esses relatórios mostram o que o rebanho tinha em um ano e não tem mais no outro, como ele evoluiu, o que deve ser mantido e quais animais devem ser descartados”.
O diretor de pecuária da Nelore Grendene, Ilson Corrêa, finalizou o ciclo de palestras abordando sobre os desafios na produção e comercialização de 1500 touros. “Temos ferramentas fantásticas do PMGZ que nos ajudam a incorporar novas tecnologias e melhorar a qualidade do nosso rebanho. O grande desafio que enfrentamos hoje vem de um mercado cada vez mais exigente e do mercado não comprador”, Ilson Corrêa, do Nelore Grendene.
O encontro foi encerrado com uma mesa-redonda para esclarecer dúvidas e dialogar mais sobre os temas.
A 17ª ExpoGenética é organizada e realizada pela ABCZ com apoio do Sebrae, BB Seguros, CNA/Faemg/Senar, Emater Minas Gerais, patrocínio da Neogen e Romancini Troncos e Balanças. Dona Nenem é o café oficial e Itaipava, a cerveja oficial.