Com apoio da ABCZ, Angola quer fortalecer pecuária de corte e de leite no país
A genética bovina brasileira é referência mundial e conquista cada vez mais mercados. O progresso do rebanho nacional e os resultados conquistados pelos pecuaristas brasileiros despertam interesse em todo o mundo. Angola, na África, que já importa genética brasileira há vários anos, quer fortalecer as relações comerciais com o Brasil. O presidente da Federação Nacional das Cooperativas Pecuárias de Angola (Fenacoopa), Salvador Rodrigues, encaminhou carta à ABCZ solicitando apoio à proposta de criação de uma linha de financiamento junto ao BNDES para fomentar a pecuária de corte e leite no país africano. O documento foi entregue ao presidente Gabriel Garcia Cid pelo responsável pela Agroexport, empresa brasileira de exportação, Silvio Neto.
“Buscamos somar esforços para, junto do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), viabilizar um financiamento específico para desenvolvimento da pecuária, por meio de importação de material genético, animais vivos, equipamentos e máquinas de origem brasileira”, destacou o documento enviado pelo representante de Angola, que ressaltou ainda que o Brasil é “a grande referência mundial em tecnologias para produção agropecuária em regiões tropicais, podendo auxiliar na diversificação da economia, aumento da produção de alimentos e mitigação do quadro de insegurança alimentar”.
Na carta, que também foi encaminhada à Associação da raça Girolando, o presidente da Fenacoopa ainda se compromete a atuar junto ao Executivo Angolano para conceder as garantias necessárias para a pretendida linha de financiamento.
Guilherme Soares, diretor-geral da BrasAfrica LTDA, empresa angolana do setor agro, comemora mais um passo importante para o desenvolvimento do país africano. “Brasil e Angola realizam negócios há muitos anos e este é mais um avanço importante nesta relação, principalmente para a Angola, beneficiando os modelos agrícola e pecuário no país. O Brasil é referência, um país tropical como Angola, então temos que replicar, amparados na ciência, tudo o que é feito no território brasileiro e obtém resultados positivos” enfatizou.
“Durante a ExpoZebu deste ano, recebemos criadores e representantes angolanos no Parque Fernando Costa e discutimos esse tema. Nos sentimos felizes com o interesse do país africano em nossos animais e em nossa genética. No que depender da ABCZ, terão nosso apoio para fortalecer ainda mais nossa relação comercial e, consequentemente, a pecuária de corte e de leite em Angola”, afirma o presidente da ABCZ, Gabriel Garcia Cid.