ABCZ participa de reunião com CNA para definição de ações relativas à rastreabilidade individual
A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) participou, nesta semana, de uma reunião virtual com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), com tratativas sobre a rastreabilidade individual e as regras definidas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
A associação foi representada no encontro pelo membro do Conselho Consultivo e atuante na CNA em nome da ABCZ, Olímpio Risso de Brito. De acordo com a comissão de estudos da confederação, de forma alinhada ao posicionamento da ABCZ, Olímpio ressalta que, embora o setor seja favorável ao processo de rastreabilidade, é necessário repensar a estratégia para cumprir a meta estabelecida pelo Mapa.
“O Mapa pretende dar início ao processo da rastreabilidade individual nas fazendas brasileiras já em dezembro de 2024, a partir da divisão do país em blocos, de acordo com cada região. O consenso de todos os participantes da reunião é que se trata de um prazo extremamente curto e que precisa ser repensado. Vale destacar que a rastreabilidade é uma meta desejável – até porque, tendo o rebanho nas mãos, o produtor tem ganhos de gestão que superam o operacional e os possíveis gastos com o processo”, explica.
Ainda segundo Olímpio, a CNA sugeriu ao ministério um prazo de até oito anos para a implementação do projeto, levando em consideração o tamanho do país e o número de animais envolvidos.
“Considero o prazo sugerido mais viável, pensando na complexidade do processo”, disse.
Também em pauta durante a reunião, destacam-se temas como produtos análogos de base vegetal, os preços da arroba do boi e as desapropriações de propriedades. As entidades participantes fizeram suas ponderações sobre ações necessárias para proteger os produtores e o setor agropecuário.
Além da ABCZ e CNA, estiveram presentes a Confraria da Carcaça Nelore, entre outras autoridades do agro nacional.
“Minha impressão foi muito positiva no tocante à democratização das opiniões. Vejo que os participantes com quem tive a oportunidade de dividir o espaço e horário são pessoas do bem, com vontade de dar e fazer o melhor de si para o coletivo”, finaliza Olímpio.