Eficiência Alimentar é destaque na primeira ‘Roda de Conversa’ da ExpoGenética
por Wilker Duarte
Durante a primeira transmissão oficial da 14ª ExpoGenética, além de toda programação técnica, conduzida pela equipe da ABCZ, uma série de participações especiais de criadores, especialistas e técnicos da entidade foi iniciada, em uma agenda de ‘Rodas de Conversas’.
Abrindo a programação, neste sábado (14) os ‘Testes de Desempenho via Eficiência Alimentar’ estiveram em destaque. Participaram do bate-papo virtual o diretor agropecuário da EAO Agropecuária, Maurício Filho; Ricardo De La Rocque, gerente da Sino Agropecuária; Luigi Cavalcanti, pesquisador da Intergado; e o pecuarista, Otoni Verdi, da Fazenda Água Boa.
“O Brasil tem feito um papel muito importante de aumentar a eficiência dos rebanhos. Nós já vínhamos aumentando a produtividade por hectare, reduzindo a pressão sobre o meio ambiente, atendendo as políticas internacionais de intensificação sustentável, mas faltava ainda a cereja do bolo, que era fazer isso com máxima eficiência para os animais”, diz Luigi Cavalcanti.
Outro ponto importante que foi abordado durante a rodada de conversa foi o uso da genética melhoradora nas propriedades, que quando bem utilizada é possível ter um melhor manejo e alimentação, resultando numa melhor seleção dos animais.
“A gente vê na raça Nelore que quando desafiamos a genética desses animais, nos prova que cada dia mais é melhorada. Os touros Nelore estão consumindo menos e produzem mais! E essa é uma característica de alto impacto econômico, visto que os insumos estão alto-valorizados.” afirma Maurício Filho, que ressalta ainda que o trabalho é muito criterioso para estabelecer a avaliação do rebanho para conseguir distribuir das propriedades a melhor genética melhoradora para o restante do país.
“A gente trabalha selecionando gado para disponibilizar genética ao mercado com o intuito de melhorar o rendimento financeiro aos clientes. A eficiência alimentar é muito importante atrelada porque não adianta trabalhar na seleção apenas visando a eficiência alimentar, temos que investir mais em programas de avaliação do equilíbrio, como o PMGZ da ABCZ” complementa Ricardo De La Rocque.
“Nós precisamos de animais mais eficientes, animais que ganham peso gastando menos energia e comida. E isso tem um impacto muito grande na intensificação da pecuária e no aumento do número dos confinamentos e na sustentabilidade. E os trabalhos com animais zebuínos demonstram resultados excelentes, mostrando todo potencial de produzir uma carne de muita qualidade e de forma econômica que o Zebu tem”, conclui Otoni Verdi.