O touro que fez história no desenvolvimento das raças zebuínas no país retorna ao parque Fernando Costa para escrever mais um capítulo. Quase 50 anos após a morte do touro Karvadi, a taxidermia do animal foi doada ao Museu do Zebu.

“Estamos falando do maior símbolo da pecuária zebuína em todos os tempos. Estima-se que mais de 10 milhões de registros genealógicos de zebuínos tenha a descendência do Karvadi. Basicamente toda a raça Nelore registrada na ABCZ tem como base esse animal”, ressalta Thiago Riccioppo, gerente do Museu do Zebu.

Riccioppo relembra ainda que Karvadi chegou ao Brasil no começo dos anos de 1960, já com status de campeão. Desembarcou da Índia em um processo que, inclusive, foi registrado em vídeos, dada a importância do animal. Na manhã desta sexta-feira, não foi muito diferente. Para levar o animal para dentro do Museu, foi preciso a força de sete homens, além de uma equipe de apoio. Um trabalho extremamente cuidadoso, para preservar o eterno campeão.

Junto com a taxidermia do animal, a entidade recebeu aproximadamente mais de 10 mil peças. O acervo foi doado pela Central VR Gen, da família de Torres Homem Rodrigues da Cunha, proprietária do animal e de uma coleção de prêmios. Entre o material doado estão troféus, flâmulas e estruturas ósseas de outros animais.

“Para nós, do Museu do Zebu, é uma honra imensurável receber todos esses materiais, devido a importância desse acervo”, complementa Riccioppo.

Todo o material já começou a ser preparado e será parte da 36ª Mostra do Museu do Zebu que, seguindo a comemoração central da ExpoZebu 2019, também irá celebrar os 100 anos da ABCZ. A nova mostra será aberta no dia 25 de abril.