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14 DE NOVEMBRO DE 2018. POR THAIS CRISTINA FERREIRA

Museu do Zebu promove rodas de conversas sobre a preservação da religiosidade popular de MG

Museu do Zebu promove rodas de conversas sobre a preservação da religiosidade popular de MG

Na noite da última segunda-feira (12), o Museu do Zebu, a editora Bela Vista Cultural e o Instituto Agronelli promoveram uma roda de conversa sobre a temática: “Importância da Preservação da Religiosidade Popular – Histórico e Rituais”. O encontro foi mediado pela historiadora, pesquisadora e consultora de cultura mineira, Deolinda Alice dos Santos. E contou com a parceria da Fundação Cultural de Uberaba, da Universidade de Uberaba – UNIUBE e da Secretaria Municipal de Educação.

O Hino Nacional, seguido da oração Ave Maria, deu início ao evento que lotou o auditório do Museu do Zebu, contou com a apresentação de moda de viola, com participações de Capitães dos Ternos de Congado e do Moçambique e seus comandados, com Mestres de Folias de Reis e seus componentes, com estudantes do curso de pedagogia da UNIUBE, além de membros da comunidade uberabense.

Na roda de conversa debateu-se temas como a preservação e difusão da memória, celebrações folclóricas, localidades onde ocorrem eventos culturais, usos e dimensões da sociabilidade nos acontecimentos, religiosidade e cultura de Minas Gerais. “Eu dava aulas de cultura mineira e folclore aplicado ao turismo. Mas precisava vivenciar o local para que pudesse dar aula. Como falar sobre uma cultura se você não a vivencia? Durante 33 anos viajei andando pelos quatro cantos de Minas Gerais para poder entender as diferentes manifestações folclóricas”, destacou Deolinda.

As explanações da especialista chamaram a atenção de Antônio Carlos Marques, Presidente da Fundação Cultural de Uberaba. “Estou emocionado e agradecido, aprendi muitas coisas aqui hoje”, afirmou.

O evento vai ao encontro ao Geoparque Uberaba, projeto que pretende desenvolver o turismo de Uberaba, por meio de um roteiro turístico que ressalta três potencialidades da cidade: a pecuária zebuína, a religiosidade e a paleontologia. “Até o momento, a implantação do Geoparque se preocupou com o patrimônio tangível e hoje assistimos à palestra da Deolinda sobre o patrimônio popular e imaterial. Tínhamos pensado nesta potencialidade, mas não estávamos prontos para inseri-la. Este evento dá esta matiz diferente da cultura imaterial, que Uberaba é rica e pouco explorada e que o Geoparque tem como expandir isso no momento em que agregar essas informações em roteiros turísticos”, afirma Luiz Carlos Borges Ribeiro, idealizador do projeto Geoparque Uberaba, geológico e conselheiro da ABCZ.

A vinda da historiadora a Uberaba, foi intermediada por Fábio de Brito Ávila, editor e produtor da editora Bela Vista Cultural. Ávila editou um livro, de autoria de Deolinda, sobre festejos e cultura popular em Minas Gerais. “Recentemente tive o privilégio de fazer três trabalhos com o Museu do Zebu e dei a sugestão para que o Museu do Zebu, ao acolher a palestra da professora Deolinda, tivesse um papel mais efetivo como uma entidade cultural ao difundir aspectos relevantes da cultura popular mineira. Através do Museu do Zebu, disponibilizar temáticas que possam interessar à população uberabense como um todo. Esse é o inicio de um projeto que visa trazer pessoas como a professora Deolinda para falar sobre Brasil, Minas Gerais e o Triangulo Mineiro”, revela Fábio.

“É interesse de o Museu estar envolvido em ações e prestigiar pesquisas e pesquisadores com a Deolinda. Uma vez que isso diz respeito à identidade de Uberaba e do mundo rural, porque há um diálogo permanente entre o rural e o urbano, onde foram constituídas as identidades brasileiras, no caso do Triângulo Mineiro e de Minas Gerais. O Museu, desta forma busca cumprir a missão de estar sempre em diálogo com a comunidade e ser um Museu vivo, dinâmico e que busca valorizar as nossas raízes culturais”, destaca Thiago Riccioppo, gerente executivo do Museu do Zebu.

O evento terminou na noite de ontem (13), com a roda de conversa ‘A importância da Preservação das Manifestações Culturais nas Comunidades – Religiosidade Popular em Minas Gerais’.

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