Por Thaís Ferreira (25/07/18)

A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu declarou apoio ao movimento liderado pelo associado Evandro do Carmo Guimaraes, que visa impulsionar o mercado externo para o leite brasileiro. A ação tem o tema ‘Sem exportação, não há solução’ e defende a exportação de leite e seus derivados.

O idealizador do projeto é hoje uma das maiores referências nacionais na seleção de gado Gir e Girolando do país. O pecuarista argumenta que através da exportação, milhões de empregos podem ser protegidos ou gerados no Brasil, que já tem grande produção de grãos e gado rústico excelente, tornando o país candidato a ser o principal produtor mundial.

O projeto foi apresentado à diretoria da ABCZ na última terça-feira (17). Foi o primeiro passo para uma parceria que deverá gerar ações nos próximos meses. “A ABCZ apoia a campanha do associado Evandro do Carmo Guimaraes. Pretendemos demonstrar a importância e força das raças zebuínas leiteiras no mercado internacional”, comentou o presidente da ABCZ, Arnaldo Manuel de Souza Machado Borges.

O pecuarista tem percorrido o Brasil palestrando sobre o assunto. A iniciativa tem a colaboração de parceiros e produtores de vários estados brasileiros, além da participação de sindicatos e cooperativas. “Parece muito arrojado uma pequena fazenda como a minha se preocupar com esse tema, mas tudo que é importante tem que começar. Só vamos ter uma maior estabilidade nos preços do pequeno e médio produtor se exportar pelo menos 20 ou 30 por cento de nossa produção. E isso com muito trabalho levarão alguns anos, precisamos começar já!”, defende.

Para potencializar a campanha, Evandro lançou um abaixo-assinado solicitando esforços governamentais e privados. Milhares de pessoas já assinaram o manifesto que pede que as autoridades públicas e organizações privadas iniciem esforços para manter o crescimento da produção e produtividade na cadeia do leite. “Os produtores patriotas estão sendo convocados para assinarem o documento para que os políticos tomem alguma decisão que seja patriótica como são patrióticas as atividades da produção de leite”, finaliza.

“O Brasil precisa ter uma equipe com pessoas trabalhando 24 horas por dia só para exportar leite. Centenas de milhares de produtores estão abandonando a atividade. O país tinha mais de um milhão e trezentos mil produtores de leite, já perdeu cerca de quatrocentos mil produtores. Cada produtor de leite que encerra as atividades fecha dez empregos”, declarou Evandro.