Exportações de sêmen crescem 60,4% no primeiro semestre
(Texto enviado pela Assessoria de Imprensa da Asbia)
Com a expectativa de encerrar 2017 com balanço positivo, o mercado de genética bovina no Brasil ampliou as vendas internas e as exportações de sêmen no primeiro semestre do ano. O crescimento foi de 7,6% no mercado nacional e de 60,4% no mercado externo, conforme o relatório semestral do setor, o Index ASBIA 2017, divulgado nesta semana pela Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA). Os dados foram processados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
A pecuária leiteira registrou o maior crescimento: 24,8% superior ao mesmo período de 2016. “Os produtores de leite investiram fortemente no melhoramento genético de seus rebanhos, com o objetivo de recuperar o preço do leite e manter os custos de produção menores”, explica o presidente da ASBIA, Sérgio Saud.
Na pecuária de corte, o mercado enfrentou as consequências da crise política, como a Operação Carne Fraca e a delação da JBS, e a volta da cobrança do imposto Funrural. Mesmo diante desse cenário, as vendas de sêmen tiveram uma queda inferior à esperada pelo setor, fechando o primeiro semestre com uma leve baixa de 3,4%. Segundo o presidente da ASBIA, esse resultado sinaliza que o pecuarista de corte manteve suas intenções de investir em genética, pensando na estabilidade do mercado nos próximos anos.
Outro indicativo de que as técnicas de Inseminação Artificial (IA) e de Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF) vêm crescendo no País é a venda de botijões de sêmen de até 20 litros. O crescimento, no primeiro semestre, foi de 28%, índice reforçado pela pecuária leiteira, que teve quase 25% de elevação. “De forma geral, o resultado da venda de sêmen foi supreendentemente positivo. E isso nos faz acreditar que o segundo semestre seguirá a mesma tendência, com uma possível recuperação na venda de sêmen de corte e a manutenção do crescimento”, ressalta Sérgio Saud.
As vendas segmentadas por região apontam que o Centro-Oeste concentra o maior número de vacas inseminadas, liderado pelo Mato Grosso do Sul, com quase 18%. A média nacional é de 9,4%. Nos rebanhos leiteiros, esse índice sobe para 15,5%, com o Sul concentrando o maior número de vacas inseminadas, liderado por Santa Catarina (33,1% das vacas inseminadas).