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28 DE JUNHO DE 2017. POR FAEZA REZENDE

Assembleia geral do IPA discute Funrural com presença de diretor da ABCZ

Assembleia geral do IPA discute Funrural com presença de diretor da ABCZ

Foi realizada nesta terça-feira (27/06) Assembleia Geral do Instituto Pensar Agropecuária (IPA).  Durante a reunião, que contou com a participação do diretor da ABCZ, Gil Pereira, que também integra o conselho do Instituto, discutiu, entre outros assuntos, o Funrural.

“Falamos muito sobre a expectativa para a edição da medida provisória ainda esta semana. Tivemos várias reuniões no último mês com o Ministério da Fazenda, Receita Federal e outros órgãos e ficou definida que será editada determinando como será paga a dívida”, destaca Gil Pereira, acrescentando que hoje, enquanto esta definição não é feita, os produtores que não recolheram o Funrural nos últimos cinco anos são considerados devedores. “A dívida é grande e a situação é gravíssima”, completa.

 Ainda de acordo com o diretor da ABCZ, o cenário político delicado do Brasil tem dificultado algumas ações, inclusive levando à morosidade para a edição da medida provisória. “Precisamos ter uma parametrização para que os produtores saibam de que forma deverão se comportar para a quitação dessa dívida”, destaca.

Gil Pereira informa que, a princípio, foi definido, durante reuniões com o governo, que a MP definirá que a partir do ano que vem haverá redução da alíquota do Funrural de 2,1% para 1,5%. Isso para aqueles produtores (que são a minoria) que recolheram o valor nos últimos cinco anos. Já para os que não pagaram e estão em débito, a porcentagem será de 2,3% durante 15 anos, sendo 0,8% destinado ao pagamento da dívida retroativa. “Mas é importante ressaltar que em cima do valor da dívida incidem juros de mora, com correção monetária pela Selic, ou seja, esse saldo remanescente ficará cada vez maior”, informa.

A expectativa é que, depois de editada a MP e a matéria entrar em discussão no Congresso Nacional, as entidades representativas do setor consigam melhores negociações e condições junto com a Frente Parlamentar. “Aí, poderemos incluir emendas que, de alguma forma, atenuem os impactos dessa legislação”, afirma.

Entre as intenções da classe está a não tributação em cascata. “Hoje, pela lei, esse imposto pode ser cobrado várias vezes em uma cadeia. É o caso da pecuária de corte, por exemplo. Se um produtor vende um bezerro para um recriador, ele paga o Funrural. Se o recriador vende para um confinador, paga da mesma forma. E quando o animal vai para a indústria, novamente. Então, há uma ‘tri tributação’. Queremos impedir que isso aconteça ”, defende o diretor da ABCZ.

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