Brasil vai exportar material genético para Ruanda e Argentina
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) recebeu a confirmação de abertura de dois novos mercados compradores de genética bovina, de Ruanda e da Argentina. A exportação desse produto para Colômbia, Peru e Venezuela também está em negociação, de acordo com a Coordenação de Trânsito e Quarentena Animal do ministério.
Na segunda-feira (22) o Departamento de Saúde Animal (DSA) foi comunicado, pelo Serviço Veterinário de Ruanda, que foram aceitas as propostas de Certificado Zoosanitário Internacional, encaminhadas em março. Isso viabiliza a exportação de sêmen e de embriões, graças à condição sanitária do rebanho brasileiro, ao melhoramento genético das raças e ao alto grau de tecnificação das centrais de coleta e de processamento de material genético bovino registradas no Mapa. Os embarques do material, agora, só dependem das negociações comerciais.
Nesta terça-feira (23), o serviço sanitário da Argentina (Servicio Nacional de Sanidad y Calidad Agroalimentaria – Senasa) formalizou a aceitação do certificado, que possibilitará o comércio entre Brasil e Argentina de embriões bovinos in vitro.
A produção in vitro de embriões bovinos (PIVE) é tecnologia utilizada para aumentar a produtividade, por possibilitar a multiplicação rápida e o aumento do número de produtos oriundos de animais melhoradores de plantéis. Inicialmente, essa técnica era aplicada no Brasil apenas para fins de pesquisa. Dos anos 2000 para cá, passou a ser utilizada em larga escala comercial. O Brasil é o maior produtor mundial e de referência no uso de PIVE em bovinos e, por isso, tem buscado ampliar o número de mercados interessados em importar embriões in vitro.
Até agosto de 2016, não havia acordo sanitário com países da América do Sul para o comércio de embriões bovinos in vitro. Desde então, já foram firmados acordos sanitários para exportação com o Paraguai, Bolívia, Uruguai e, agora, Argentina.
Desde 2015, o acesso progressivo a mercados importadores de genética bovina brasileira é viabilizado graças à parceria firmada entre o Departamento de Saúde Animal (DSA) e entidades do setor produtivo brasileiro, tais como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA) e Sociedade Brasileira de Tecnologia de Embriões (SBTE).
Fonte: Mapa