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19 DE JANEIRO DE 2017. POR FAEZA REZENDE

ABCZ e deputados defendem Pró-genética como política pública

ABCZ e deputados defendem Pró-genética como política pública

Projeto prevê subsídio pelo governo de 50% do valor dos touros melhoradores para pequenos produtores

 

A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) apresentou ao Ministro da Agricultura e Pecuária, Blairo Magi, um projeto para transformação do Pró-genética em uma política pública nacional. O pedido tem sido reforçado e defendido por deputados federais da bancada ruralista em Brasília (DF).

“É um projeto de grande interesse para o Brasil, com alto alcance social. Com ele, a ABCZ incentiva o uso de tecnologia e contribui para que, através do touro PO, pequenos produtores consigam ter acesso ao melhoramento genético”, opina Marcos Montes, Deputado Federal que é presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), garantindo que vai defender a aprovação do programa.

O deputado José Silva, que estava à frente da Emater durante a criação da primeira edição do Pró-genética, também reforçou a importância do programa, garantindo que irá se empenhar junto ao Ministro da Agricultura e Secretário Especial da Agricultura Familiar. “Vou me empenhar diretamente para a viabilização dessa proposta. E até mesmo mobilizar o congresso para reforçarmos esse pedido. Afinal, hoje 84% dos produtores são agricultores familiares e não têm acesso a genética superior. A partir do momento que disponibilizamos esse material de alta performance a eles, conseguimos melhorar a produtividade, a renda e a qualidade de vida”, completa.

Pela proposta da ABCZ, o governo federal subsidiará 50% dos touros melhoradores para pequenos produtores e possibilitará o financiamento da outra metade do valor. Lauro Fraga, gerente do Pró-genética,  conta que a intenção é que a concessão deste benefício seja feita uma única vez, por cadastro do CPF do agricultor familiar interessado. “Com isso, vamos estimular a transferência de tecnologia para esse grupo que representa grande parcela da nossa produção nacional, mas que para isso utiliza animais sem padrão genético, limitando a produtividade e a qualidade”, ressalta.

Com o projeto, a melhoria dos índices zootécnicos e econômicos na atividade é certa. Segundo estudos recentes do CEPEA, para cada R$ 1,00 aplicado em genética, tem-se o retorno de até R$ 4,00 sobre o valor investido. (Sergio De Zen et al 2015).No Brasil, são 5.175.489 de estabelecimentos rurais, sendo 84,4% de agricultura familiar. Os pequenos produtores contribuem com a produção de 58% do leite no Brasil e 30% da carne. “Historicamente a ABCZ tem formado parcerias sólidas e produtivas com todas as instâncias de governo e instituições públicas e privadas. Estamos confiantes de que vamos conseguir desenvolver mais esse projeto, que, sem dúvida, vai estimular o crescimento da pecuária nacional”, afirma Rivaldo Machado Borges, diretor da ABCZ.

Vale lembrar que o programa foi criado em Minas Gerais em 2006 em parceria com a SEAPA-MG, EMATER, EPAMIG e IMA com intuito de promover o acesso à genética de qualidade por pequenos e médios produtores rurais. Com o tempo, o Pró-Genética se espalhou por 17 estados. Ao todo, já foram comercializados aproximadamente 15 mil reprodutores zebuínos puros e registrados. 

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