(Por Márcia Benevenuto)

A instituição indiana ANKUSH, que tem sede em Hyderabad – capital simultânea dos estados de Andhra Pradesh e Telangana – é presidida pelo Shri Shri Shri Guru Ji. O nome ANKUSH foi inspirado na ponta do instrumento utilizado pelos “mahouts”, os domadores de elefantes. A proposta é passar a ideia de que o trabalho minucioso e que exige paciência pode promover grandes feitos e mudanças. Através de membros do seu diretório, a entidade ANKUSH tem sido presente no Brasil. Nos últimos anos os seus diretores Venugopal Badaravada (Gopal) e Suresh Reddy Prodduturi participaram dos principais eventos relacionados com as raças zebuínas no Brasil, entre eles ExpoZebu e ExpoGenética. Eles trouxeram autoridades, técnicos e criadores indianos para constatar o progresso conseguido pelos selecionadores brasileiros nas diversas raças zebuínas registradas pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu e guiaram os visitantes por um roteiro que incluiu fazendas de seleção, centrais de inseminação, laboratórios de reprodução, feiras, leilões, universidades, eventos educativos, além de órgãos oficiais e de pesquisa do nosso país.

“Hoje a ANKUSH tem tanta informação sobre a pecuária zebuína do Brasil que os seus diretores acabam por trabalhar como fomentadores, verdadeiros embaixadores da ABCZ por onde andam. Em meados de 2016, por exemplo, foi realizado o ‘The Dream Bull Show’ na cidade de Hyderabad. Nessa ocasião a ANKUSH entregou o ‘Glorious Nandi’, que é considerado o maior reconhecimento para a zebuinocultura mundial, a vários criadores brasileiros e também para a ABCZ por ser a maior entidade de registro e melhoramento das raças zebuínas”, relembrou o zootecnista José Otavio Lemos, que é parceiro em diversas ações dos indianos no Brasil e em outros países. “A ANKUSH reconhece que a ABCZ e seus associados formaram um importante banco genético das principais raças zebuínas e que atualmente esses materiais servem para restabelecer muitos núcleos que foram perdidos com cruzamentos indiscriminados no país de origem que buscou aumentar a produção de leite indiana a todo custo e rapidamente, porém sem critérios para preservação do patrimônio racial do zebu”, explica o zootecnista.

Outro feito de destaque da ANKUSH aconteceu em Nova Delhi. A entidade esteve na CI Agrotech 2016, onde o representante Venugopal Badaravada palestrou como convidado especial da conferência abordando o tema: ‘Role of Indigenous Cattle in Dairy’, que seria traduzido como função do gado indiano na produção leiteira. Nos slides e comentários foram reforçadas as possibilidades de utilização dos zebuínos na produção de leite em áreas tropicais com destaque para o trabalho de seleção de diversas fazendas brasileiras de Gir, Guzerá, Nelore e Sindi. Gopal também pontuou os trabalhos dos criadores brasileiros que fomentam pesquisas sobre o leite com a proteína A2 e seu impacto na saúde humana. “A relevância dessa conferência pode ser constatada pela participação de muitas autoridades indianas. Posso citar Shriman Pranab Mukherjee, presidente da Índia; Radha Mohan Singh, ministro da Agricultura da Índia e Reuven Rivlin, presidente de Israel”, conta José Otávio que passa a listar os eventos atuais onde a ABCZ junto com o zebu brasileiro e seus selecionadores são protagonistas no trabalho da entidade indiana. “Na primeira quinzena de dezembro de 2016, a ANKUSH esteve presente na ‘Living Lightly’, evento realizado no Indira Gandhi National Centre for Arts New Delhi, onde foi reiterada a disposição pela preservação e pela multiplicação do trabalho genético de qualidade no rebanho zebuíno da Índia. E por último, no final do mês de dezembro, a entidade participou da COP-13, em Cancun, no México, com cerca de 10.000 pessoas de 196 países. Nas discussões sobre a biodiversidade e a proteção ambiental, novamente foi ressaltada a importância da proteção ao gado zebu como um agente essencial para a humanidade pelo potencial de produção de alimentos seguros e nutritivos”, completou Lemos. Os representantes da entidade amiga da ABCZ atualmente estão empenhados na importação de material genético  para a Índia e devem voltar ao Brasil em maio, por ocasião da ExpoZebu 2017. 

(Por Márcia Benevenuto)

A instituição indiana ANKUSH, que tem sede em Hyderabad – capital simultânea dos estados de Andhra Pradesh e Telangana – é presidida pelo Shri Shri Shri Guru Ji. O nome ANKUSH foi inspirado na ponta do instrumento utilizado pelos “mahouts”, os domadores de elefantes. A proposta é passar a ideia de que o trabalho minucioso e que exige paciência pode promover grandes feitos e mudanças. Através de membros do seu diretório, a entidade ANKUSH tem sido presente no Brasil. Nos últimos anos os seus diretores Venugopal Badaravada (Gopal) e Suresh Reddy Prodduturi participaram dos principais eventos relacionados com as raças zebuínas no Brasil, entre eles ExpoZebu e ExpoGenética. Eles trouxeram autoridades, técnicos e criadores indianos para constatar o progresso conseguido pelos selecionadores brasileiros nas diversas raças zebuínas registradas pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu e guiaram os visitantes por um roteiro que incluiu fazendas de seleção, centrais de inseminação, laboratórios de reprodução, feiras, leilões, universidades, eventos educativos, além de órgãos oficiais e de pesquisa do nosso país.

“Hoje a ANKUSH tem tanta informação sobre a pecuária zebuína do Brasil que os seus diretores acabam por trabalhar como fomentadores, verdadeiros embaixadores da ABCZ por onde andam. Em meados de 2016, por exemplo, foi realizado o ‘The Dream Bull Show’ na cidade de Hyderabad. Nessa ocasião a ANKUSH entregou o ‘Glorious Nandi’, que é considerado o maior reconhecimento para a zebuinocultura mundial, a vários criadores brasileiros e também para a ABCZ por ser a maior entidade de registro e melhoramento das raças zebuínas”, relembrou o zootecnista José Otavio Lemos, que é parceiro em diversas ações dos indianos no Brasil e em outros países. “A ANKUSH reconhece que a ABCZ e seus associados formaram um importante banco genético das principais raças zebuínas e que atualmente esses materiais servem para restabelecer muitos núcleos que foram perdidos com cruzamentos indiscriminados no país de origem que buscou aumentar a produção de leite indiana a todo custo e rapidamente, porém sem critérios para preservação do patrimônio racial do zebu”, explica o zootecnista.

Outro feito de destaque da ANKUSH aconteceu em Nova Delhi. A entidade esteve na CI Agrotech 2016, onde o representante Venugopal Badaravada palestrou como convidado especial da conferência abordando o tema: ‘Role of Indigenous Cattle in Dairy’, que seria traduzido como função do gado indiano na produção leiteira. Nos slides e comentários foram reforçadas as possibilidades de utilização dos zebuínos na produção de leite em áreas tropicais com destaque para o trabalho de seleção de diversas fazendas brasileiras de Gir, Guzerá, Nelore e Sindi. Gopal também pontuou os trabalhos dos criadores brasileiros que fomentam pesquisas sobre o leite com a proteína A2 e seu impacto na saúde humana. “A relevância dessa conferência pode ser constatada pela participação de muitas autoridades indianas. Posso citar Shriman Pranab Mukherjee, presidente da Índia; Radha Mohan Singh, ministro da Agricultura da Índia e Reuven Rivlin, presidente de Israel”, conta José Otávio que passa a listar os eventos atuais onde a ABCZ junto com o zebu brasileiro e seus selecionadores são protagonistas no trabalho da entidade indiana. “Na primeira quinzena de dezembro de 2016, a ANKUSH esteve presente na ‘Living Lightly’, evento realizado no Indira Gandhi National Centre for Arts New Delhi, onde foi reiterada a disposição pela preservação e pela multiplicação do trabalho genético de qualidade no rebanho zebuíno da Índia. E por último, no final do mês de dezembro, a entidade participou da COP-13, em Cancun, no México, com cerca de 10.000 pessoas de 196 países. Nas discussões sobre a biodiversidade e a proteção ambiental, novamente foi ressaltada a importância da proteção ao gado zebu como um agente essencial para a humanidade pelo potencial de produção de alimentos seguros e nutritivos”, completou Lemos. Os representantes da entidade amiga da ABCZ atualmente estão empenhados na importação de material genético  para a Índia e devem voltar ao Brasil em maio, por ocasião da ExpoZebu 2017.