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29 DE NOVEMBRO DE 2016. POR MÁRCIA BENEVENUTO

FPA pede mudanças no Ministério do Meio Ambiente

FPA pede mudanças no Ministério do Meio Ambiente

Deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) pedirão ao presidente Michel Temer (PMDB) a saída do ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, do cargo.

Descontentes com o trabalho do titular, cuja condução da pasta é classificada como "ideológica”, os ruralistas têm uma audiência prevista para amanhã, 30, no Palácio do Planalto.

A agenda surgiu após o tema ser discutido na presença de cerca de 30 deputados na reunião-almoço da terça-feira (22/11) em que Marcos Montes lembrou que a FPA tem dado total apoio ao governo desde o primeiro momento e, no entanto, o retorno que vem das bases do setor agropecuário é que o Ministério do Meio Ambiente tem feito de tudo para inviabilizar o desenvolvimento do setor produtivo rural. “Criam-se impasses e dificuldades para o financiamento agrícola, licenciamento ambiental, embargam-se áreas. Em resumo, se posicionando contra o processo produtivo. Que colaboração é essa?”, questionou Marcos Montes que na audiência com o presidente Michel Temer pretende mostrar a insatisfação com a atuação do ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, e com a presidente do Ibama, Suely Araújo. “O ministro Sarney Filho tem feito um trabalho contra o produtor rural brasileiro”, criticou Marcos Montes.

O deputado exemplifica com as dificuldades dos produtores de avançar os procedimentos do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para o Programa de Regularização Ambiental (PRA). Segundo Marcos Montes, existem situações absurdas como pessoas do governo passado que continuam em postos-chave do atual governo. “São pessoas de um governo passado, que não deu certo, com ações muito mais prejudiciais do que foi no passado. Aliás, nesta questão ambiental, já estamos até com saudades da ex-ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. É muito grande a insatisfação e o que mais nos machuca é que vão lá para fora, como fizeram em Marrakesh, contam das conquistas que o Brasil teve no avanço da preservação ambiental e chegam aqui e fazem quase um boicote”, disse o deputado Marcos Montes. “Vamos colocar ao presidente a extrema preocupação do setor rural com a atuação ideológica no ministério.”

 

 

Conselhão – Uma das reivindicações que a FPA fará ao presidente Michel Temer é assento no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o ”Conselhão”, formado atualmente por 96 integrantes da sociedade civil. “Não é justo que o segmento mais exitoso da economia brasileira, o setor produtivo rural, que hoje representa cerca de 25% do PIB nacional, 30% dos empregos e mais de 40% das exportações não seja representado no principal foro da presidência da República. Sem essa representação vamos nos sentir desprestigiados”, enfatizou Montes.

Segundo o presidente da FPA, são muitas as reclamações vindas de todo o País contra as ações do Ministério do Meio Ambiente e do Ibama que estão trazendo insegurança jurídica ao setor rural. E essas ações são mais preocupantes por que contam com aliados de peso como o Ministério Público e ONGs nacionais e internacionais. “O campo oferece todas as condições necessárias para o Brasil sair dessa recessão, mas é preciso que o presidente Temer impeça o MMA de nos atrapalhar. Só assim os investimentos em infraestrutura voltarão”. 

A última reunião-almoço da FPA contou com as presenças do ex-ministro da Defesa, Aldo Rebelo, relator do Código Florestal, e do secretário de Agricultura de São Paulo, Arnaldo Jardim.

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