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23 DE NOVEMBRO DE 2016. POR MÁRCIA BENEVENUTO

Missão do Panamá visita ABCZ e empresas do Brazilian Cattle

Missão do Panamá visita ABCZ e empresas do Brazilian Cattle

O grupo de veterinários veio conferir a evolução do status sanitário do Brasil e rever protocolos com centrais e laboratórios de reprodução

Uma missão de veterinários do Panamá visitou nesta tarde a sede da ABCZ. O grupo de representantes técnicos está no Brasil desde segunda-feira (21/11) para realizar inspeções e revisar protocolos para ampliar as compras de material genético bovino (sêmen e embriões) do Brasil. O roteiro dos panamenhos já foi cumprido no distrito federal, onde o ponto destacado foi o da visita técnica ao MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Nos Estados de Goiás, Minas Gerais e São Paulo os objetivos incluem criatórios de raças puras, centrais de coleta e processamento de material genético e laboratórios de reprodução. O trabalho da missão panamenha está sendo apoiado pela equipe do Brazilian Cattle – Projeto Internacional desenvolvido pela ABCZ em parceria com a Apex-Brasil.

 “O protocolo sanitário de embriões e sêmen do Panamá com o Brasil é de 2008 e o nosso status sanitário mudou bastante desde então. A intenção dessa missão técnica é facilitar o processo operacional e diminuir a burocracia. Algumas exigências foram flexibilizadas para diversos exames e também reduzida a quantidade de testes para algumas patologias. A partir das reuniões em Brasília o grupo seguiu para inspecionar novas centrais e renovar a certificação das outras que já podiam exportar. A intenção da missão é habilitar o máximo de centrais e laboratórios de tal forma que a genética do zebu brasileiro e de seus cruzamentos possa contribuir, rapidamente, para a melhoria do rebanho bovino panamenho”, explicou o gerente do Departamento Internacional da ABCZ, Mário Karpinskas.   

Na ABCZ o grupo foi recebido pelo presidente Arnaldo Manuel Machado Borges e pela diretora Internacional Ana Cláudia Mendes de Souza. Também estiveram presentes os diretores Valdecir Marin e Fabiano Mendonça.

Segundo a responsável pela coordenação de Trânsito e Quarentena Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Judi Maria da Nóbrega, a previsão é que as exportações deverão ser ampliadas consideravelmente, pela necessidade do produto por parte dos panamenhos, e porque será simplificado o acordo sanitário existente entre os dois países, facilitando o comércio. 

“O Panamá é deficitário em produção de leite. Cerca 250 milhões de litros vêm de fora. Acreditamos que a genética do gado zebuíno adaptado e selecionado para produzir leite nos trópicos, de forma eficiente, é uma solução imediata para nosso país que também tem clima úmido e muito quente”, disse o médico veterinário da CRICEPA, Adelino Ureña.        

“Estamos muito satisfeitos com o que estamos observando aqui no Brasil, principalmente nas fazendas de criação. Durante muito tempo fizemos reivindicações ao governo do Panamá e agora deu certo. Com esse acordo renovado poderemos dar um salto de qualidade na seleção o gado criado no nosso país. O desejo de adquirir genética bovina de criatórios daqui é antigo. Ter o convênio, nesses moldes atuais, era um dos objetivos da minha vida”, disse o diretor da CRICEPA (Associação de Criadores de Zebu do Panamá), Alexis Aparício.

Integram a missão estrangeira um representante jurídico e os médicos veterinários do governo panamenho Rogério Ramon e Alexis Vilarreal.     

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