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13 DE MAIO DE 2016. POR MÁRCIA BENEVENUTO

Brasil reconquista mercado egípcio para produtos da pecuária

Brasil reconquista mercado egípcio para produtos da pecuária

Divergências em questões sanitárias foram superadas, abrindo perspectivas de negócios para o País

A reabertura do mercado egípcio para as exportações brasileiras de bovinos vivos foi avaliada como uma boa oportunidade de expandir os negócios do setor. De acordo com os dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), após dois anos com as negociações suspensas, o governo egípcio aprovou, nos últimos dias, o certificado zoossanitário do Brasil, que permite a venda externa de gado em pé. Entre 2009 e 2014, o Brasil foi fornecedor regular de bovinos para abate no Egito. Nesse período, o mercado brasileiro embarcou 75 mil cabeças de gado para aquele país. A suspensão do acordo de exportação aconteceu em meados de 2014 por divergências no protocolo firmado na época. Os dois países passaram, então, a renegociar um certificado veterinário que não impedisse o desembarque dos animais no Egito. Segundo o superintendente de Política e Economia Agrícola da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), João Ricardo Albanez, apesar de Minas Gerais não ter firmado acordos nos anos anteriores com o Egito, a autorização para exportar animais em pé é promissora e pode estimular as empresas mineiras a buscar parceiros comerciais. “A possibilidade de exportar animais vivos para o Egito é interessante para o nosso Estado. Minas Gerais tem condições de atender à demanda, seja ela por animais vivos para o abate ou bovinos com alto padrão genético. O Estado é referência nos produtos e na genética das raças zebuínas, principalmente pela presença da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), que realiza eventos com a participação de criadores de diversos países e proporciona novos negócios”, disse Albanez. 

A reabertura também é vista como um reconhecimento da sanidade na pecuária brasileira, o que poderá estimular novos acordos envolvendo animais vivos, carnes e material genético.

Adaptado de Jornal Diário do Comércio/MG – 13/05/2016

 

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