Público internacional da ExpoZebu cresce em 2016
A 82ª ExpoZebu evidenciou o interesse de pecuaristas estrangeiros na genética bovina brasileira. Em 2016, o número de visitantes internacionais que passaram pela feira de 30 de abril a 7 de maio, em Uberaba (MG), foi 23% maior que no ano anterior. O Salão Internacional da ExpoZebu recebeu 452 estrangeiros de 30 países. “A genética brasileira é um produto de grande demanda no exterior. Os avanços conquistados na ExpoZebu em relação aos protocolos sanitários devem refletir positivamente nos números das exportações deste ano”, destaca o gerente técnico Internacional da ABCZ, Mário Karpinskas Júnior, que também coordena o projeto de exportação Brazilian Cattle. Mais de 60 empresas do setor agropecuário divulgam seus produtos no exterior por meio do projeto, que é realizado em parceria entre a ABCZ e a APEX-Brasil.
Os protocolos sanitários foram assunto de reuniões entre representantes de governos e associações de criadores de países da América Latina, da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Um dos países que negociou a abertura de um protocolo sanitário foi a República Dominicana. O documento finalizado na ExpoZebu foi homologado ontem (10/05/16) pelo MAPA. Em setembro de 2015, os dois países tinham assinado um memorando de entendimento referente aos requisitos necessários para as exportações, porém, só agora, com a homologação do protocolo sanitário as vendas externas de sêmen e embriões estão liberadas.
A República Dominicana é a segunda maior economia do Caribe e da América Central, sendo a agricultura um dos setores que mais emprega e gera renda para o país. Como tem condições climáticas favoráveis à seleção de zebu, a expectativa é de que a pecuária tenha um crescimento significativo, tanto em volume quanto em qualidade dos animais, em decorrência da entrada do material genético bovino brasileiro.
Outros países da América Latina que negociam a abertura de protocolos sanitários com o Brasil são Honduras, Nicarágua e México. Durante a ExpoZebu, representantes desses três países estiveram reunidos com a ABCZ, CNA e MAPA para avançar nas negociações. No caso do México já foi entregue uma proposta brasileira de certificados veterinários para sêmen e embriões ao coordenador geral de Pecuária da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Desenvolvimento Rural, Pesca e Alimentação do Governo do México Francisco Gurria Treviño, que esteve na ExpoZebu.
Já com a Colômbia será feita uma revisão de protocolo vigente com o intuito de viabilizar as exigências sanitárias, resultando em um aumento no volume de sêmen exportado.
Uma das medidas que está permitindo simplificar as negociações com os países interessados na genética bovina brasileira, mas que não têm requisitos pré-estabelecidos na área sanitária, foi a criação do modelo padrão de Certificado Zoosanitário Internacional (CZI). “Esta iniciativa foi muito bem recebida por produtores rurais estrangeiros que almejam importar material genético bovino. Tivemos solicitação por parte de pecuaristas da Nicarágua e Honduras para que o MAPA submetesse este modelo à apreciação das autoridades veterinárias desses países”, diz o chefe da Divisão de Trânsito Nacional do Departamento de Saúde Animal do MAPA Rodrigo Padovani.