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25 DE ABRIL DE 2016. POR MÁRCIA BENEVENUTO

O Nelore Pintado já chegou a ExpoZebu

O Nelore Pintado já chegou a ExpoZebu

O Nelore Pintado já é uma das atrações da mostra de animais da 82ª ExpoZebu. O lote, com cerca de 30 animais, foi enviado por criadores de Paranaíba e do Figueirão, no estado do Mato Grosso do Sul e de Uberaba em Minas Gerais. O gado está exposto no pavilhão 13 do Parque Fernando Costa.

Sobre a criação do Nelore Pintado:

Não é apenas na beleza da pele que os animais se destacam. Estudos preliminares realizados pela Embrapa Pantanal em 2009 apontam que a variedade pode apresentar qualidades valiosas em relação à tradicional, como rusticidade, precocidade e qualidade da carne. No entanto, dados precisos ainda não foram confirmados. “Nosso plantel ainda é muito pequeno para conclusões definitivas”, relata o pesquisador da Embrapa José Anibal Comastri.  "O que podemos no momento afirmar é que são animais pesados e que chamam a atenção pela bela pelagem.  É uma opção a mais", esclarece.

O Início

De acordo com informações da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu), é possível inferir que a raça nelore representa 80% da força produtiva da indústria na carne do país. O animal é o equivalente brasileiro ao Ongole Indiano, que também pertence à raça zebuína. No Brasil, o animal branco foi introduzido e rapidamente se popularizou devido à sua boa adaptação ao clima e resistência a pragas como o carrapato – grande inimigo dos rebanhos taurinos. No entanto, entre os Ongole, não é difícil encontrar animais manchados ou inteiramente vermelhos.

Em seu levantamento histórico, Comastri, da Embrapa, aponta que o primeiro nelore vermelho do Brasil veio ao país por acaso. “Em 1906 foi importada uma novilha branca da Índia chamada Iraci. O animal estava fecundado e deu cria a uma bezerra vermelha que recebeu o nome de Itabira”, relata ele. 

Com o tempo, percebeu-se que ao cruzar Itabira com nelores brancos tradicionais alguns bezerros continuavam nascendo com pelagem vermelha até a idade adulta. “Isso mostra que existe um gene recessivo no nelore, que pode originar um animal com variação de pelagem”, esclarece o pesquisador. Uma característica que poderia ser refinada e selecionada para as próximas gerações. 

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