A erradicação da febre aftosa na América do Sul está sendo tema de reunião da Comissão Sulamericana de Luta contra a Febre Aftosa (Cosalfa), que acontece esta semana, em Punta del Este, no Uruguai. Os representantes das associações de criadoers e autoridades sanitárias do continente estão avaliando os atuais índices de incidência da aftosa nos principais países detentores de rebanhos bovinos da América do Sul. A ABCZ está sendo representada no evento pelo consultor da ExpoZebu Dinâmica, João Gilberto Bento. 

Entre os assuntos que estão em debate, destacam-se: a metodologia para analisar o risco de introdução e propagação da febre aftosa em regiões que retiraram a vacinação, os sistemas de vigilância e controle baseado em risco, o seguro do produtor, impactos econômica da retirada da vacinação (quantitativo e qualitativo), riscos de reintrodução, evolução e difusão do vírus e experiências de regiões livres sem vacinação.

O fim da vacinação não é unanimidade entre as lideranças do setor e tem gerado muitos debates. Uma das entidades a favor é o Grupo Interamericano para Erradicação da Febre Aftosa–GIEFA. Durante a reunião do Cosalfa, o vice-presidente do GIEFA, Sebastião Guedes, apresentará uma pesquisa iniciada em novembro último durante o fórum “2020 – O Futuro do Brasil sem Aftosa”, que aponta que mais de 90% dos pesquisados desejam o fim progressivo da vacinação dos plantéis nacionais até 2020, pois consideram que a aftosa já está praticamente erradicada na maior parte do País e que, sem a vacinação, os pecuaristas poderão expandir as receitas com seus rebanhos e fazer com que se tornem mais competitivos no mercado mundial de carne bovina  no chamado “segmento ou circuito  não-aftósico”.