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20 DE JANEIRO DE 2016. POR MÁRCIA BENEVENUTO

Rebanho bovino cresce 3% em Mato Grosso, mas abates reduzem 15%

Rebanho bovino cresce 3% em Mato Grosso, mas abates reduzem 15%

O rebanho bovino do Estado de Mato Grosso, que já era o maior do Brasil, cresceu 2,9% em 2015. O volume de gado matogrossense agora contabiliza 29,259 milhões de cabeças. Um dos fatores para o incremento é a retenção de fêmeas e consequentemente a redução em 15% dos animais destinados aos abate. 
Na última campanha de vacinação para erradicação da febre aftosa foram imunizados 99,59% do plantel.Ao todo 104.092 propriedades foram assistidas pelo Instituto de Defesa Agropecuária (Indea). Levantamento divulgado pelo Indea, em 15 de janeiro de 2016, revela que em 2015 foram encaminhados para o abate 4,700 milhões de cabeças, das quais 2,785 milhões eram machos e 1,915 milhões eram fêmeas. O volume é inferior às 5,534 milhões de cabeças enviadas em 2014 para os frigoríficos, das quais 3,080 milhões eram machos e 2,454 milhões eram fêmeas. “A campanha de vacinação em novembro é o inventário anual da pecuária mato-grossense. O resultado da imunização mostra a consciência dos produtores. Tivemos apenas 2.049 propriedades sem registro de vacinação e vamos até elas para realizar a vacinação assistida, além de autuar os pecuaristas”, comenta o presidente do Indea, Guilherme Nolasco. Nolasco destaca os motivos pelos quais o rebanho mato-grossense voltou a crescer desde 2014. “O Estado começou a reter em 2015 fêmeas para a reposição do rebanho, o que levou a retração dos animais encaminhados para o abate”. Em 2015 Mato Grosso registrou um estoque de bovinos machos, com mais de 24 meses, de 3,9 milhões de cabeças prontas para o abate. O resultado era considerado o pior dos últimos nove anos. A expectativa do setor é que a recuperação tenha início a partir de 2016. O resultado foi um reflexo da alta incidência de destinação de matrizes para o abate entre 2011 e 2013. “Esse resultado dos animais destinados ao abate mostra o processo cíclico no setor. Tivemos redução de abates, falta de bezerro, falta de boi gordo, retenção de fêmeas. Isso levou os preços aos consumidores subirem. Daqui a dois anos veremos o efeito contrário”, destacou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Seneri Paludo. Evolução A pecuária em Mato Grosso, apesar dos resultados de decréscimo em 2012 e 2013 do rebanho com a destinação maior de fêmeas ao abate, vem apresentando crescimento ao longo dos anos. Em 22 anos o rebanho cresceu 132,2%, saltando de 12,6 milhões de cabeças para 29,2 milhões. Nos últimos 11 anos o estado vem mantendo percentual de animais vacinados contra a febre aftosa acima de 99,3%. Há 20 anos a pecuária de Mato Grosso era muito rudimentar. O resultado que vemos hoje é de um trabalho árduo do setor produtivo com o auxílio do Indea”, comentou o gestor técnico da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso. 

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