Sindi comemora registro do rebanho fechado da Embrapa
Com aprovação do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), a ABCZ registrou ontem 46 animais da raça Sindi que pertencem ao rebanho da Embrapa Semi-árido. As 45 matrizes, mais um touro pertencem ao plantel original, importado pelo Dr. Felisberto de Camargo em 1952, e mantido sob preservação e controle interno de unidades de pesquisa da entidade. Os técnicos Marcelo Ricardo Toledo, Rodrigo Coutinho Madruga e José Eduardo dos Anjos, da ABCZ mais a pesquisadora Dra Rosângela Silveira Barbosa vistoriaram o gado, avaliaram o potencial deles e forneceram um estudo detalhado da escrituração zootécnica do rebanho juntamente com os testes de DNA de todo o grupo para o Conselho Deliberativo Técnico da ABCZ em 23 de julho desse ano. O presidente Ronaldo Bichuette e a diretoria da ABCSindi trabalharam em conjunto com a chefia do CPATSA, na catalogação, pesquisa e formalização da proposta que foi apresentada ao Superintendente Técnico da ABCZ, Luiz Antonio Josahkian, que foi o seu relator perante o conselheiros na reunião.
A proposta de reconhecimento do plantel da Embrapa Semi-árido na categoria PO que foi aprovada no CDT e homologada pelo MAPA têm sido motivo de grande euforia entre os criadores da raça Sindi por ser um opção de sangue de linhagem fechada. “Para nós essa é a notícia mais importante dos últimos anos. A incorporação desse gado ao rebanho registrado garante que vamos ter maior variabilidade genética entre os indivíduos e um acréscimo nas famílias a serem trabalhadas pelo melhoramento genético. Essa ação reconhece também a seriedade do trabalho da Embrapa e pode contribuir para viabilizar a continuidade das pesquisas zootécnicas”, explica o criador e diretor secretário da ABCSindi, Arthur Targino. O retorno desse rebanho para o livro fechado da ABCZ era um pleito aguardado há mais de uma década pelos criadores, selecionadores, universidades e centros de pesquisa que trabalham com a raça Sindi. O superintendente Técnico da ABCZ, Luiz Antônio Josahkian acompanhou todos os trâmites para a efetivação do registro do gado da Embrapa. “Os reflexos da utilização desse material pode ser muito interessante para a raça Sindi po is o número efetivo do rebanho no Brasil é reduzido. O núcleo de Petrolina descende diretamente do gado importado em 52 e o fato dele ter sido mantido dentro de instituições de pesquisas que preservaram a pureza racial e fizeram o controle das gerações é algo que nos dá segurança. As condições em que o rebanho foi conduzido privilegiaram bastante as questões da produção e da adaptação”.
A marcação dos animais em Petrolina/PE foi um fato histórico. O presidente da ABCZ, Luiz Claudio Paranhos, o presidente da ABCSindi, Ronaldo Bichuette, o chefe geral da instituição, o pesquisador Pedro Gama mais um grupo de técnicos, pesquisadores e criadores entre eles o Dr. Manelito Dantas Villar prestigiaram o serviço de registro do gado. “Foi muito bom o encontro em Petrolina. É um marco para a raça Sindi e para a história do zebu no Brasil. Esse rebanho puro que não sofreu nenhuma interferência de outras genéticas é de extrema importância. Destaco três situações de impacto geradas lá. A Embrapa se dispôs a colocar essa genética no mercado, a ampliar as pesquisas com a raça a partir da geração de dados zootécnicos em outros plantéis e também a usar o PMGZ (Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos) nos acasalamentos do rebanho fechado com intuito de controlar a consanguinidade e expandir o potencial produtivo e reprodutivo dos animais”, disse Paranhos.