Goiânia sedia 10ª etapa do Circuito PMGZ
Pecuaristas e estudantes de 12 universidades participaram das discussões sobre melhoramento genético e aumento da produtividade na pecuária brasileira.
“Melhoramento genético é permanente e acumulativo. Assim, se o pecuarista não fizer investimentos ou fazer errado ele realizando um ‘pioramento’ do gado”. A afirmação é de Luiz Antonio Jasahkian, superintendente técnico da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), na primeira apresentação da 10ª Etapa do Circuito 100% PMGZ, realizada ontem (09.09), em Goiânia (GO).
“A decisão em genética tomada hoje somente será percebida daqui a 7,5 anos. A pecuária tem um ciclo de produção longo. E isso reforça a necessidade de fazer as escolhas corretas”, ressaltou Josahkian para a atenta palestra de mais de 300 produtores e estudantes de 12 universidades de Goiás e de Minas Gerais, especialmente convidados para este evento.
A programação da etapa também teve apresentação de Cristiano Botelho, gerente comercial do Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ), e de Fabyano Fonseca e Silva, professor da Universidade Federal de Viçosa, que falou de produção sustentável de carne e leite.
A abertura foi feita pelo presidente da ABCZ, Luiz Claudio Paranhos, e por Clarismino Júnior, presidente da Associação Goiana dos Criadores de Zebu (AGCZ), anfitriã do evento.
O Estado de Goiás tem aproximadamente 19 milhões de cabeças de gado. É, assim, o 3º maior rebanho bovino do país. O estado tem como característica o intenso investimento na produtividade da pecuária.
O Circuito 100% PMGZ objetiva auxiliar os pecuaristas na seleção dos animais, contribuindo com esse processo de profissionalização da atividade. “As taxas atuais de lotação das fazendas destinadas à pecuária no Brasil, que giram em torno de 0,9 unidade animal/hectare, podem dobrar rapidamente. Para isso, a qualidade da genética bovina e a gestão sustentável das propriedades rurais são essenciais”, ressalta Luiz Claudio Paranhos.
O PMGZ conta com mais de 280 mil matrizes ativas e recebe mais de 230 mil novos animais por ano. Em volume, já superou a marca dos 9 milhões de indivíduos avaliados, sendo o maior banco de dados de raças zebuínas do mundo.
Texto Assessoria