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10 DE JULHO DE 2015. POR MÁRCIA BENEVENUTO

Circuito 100% PMGZ no Espírito Santo

Circuito 100% PMGZ no Espírito Santo

A ABCZ realizou a 8ª etapa do Circuito 100% PMGZ em Vitória, capital do Espírito Santo, nesta quinta-feira (09/07. O evento aconteceu no auditório Ilha Bela, do Hotel Senac Ilha do Boi. Na programação foram abordados os temas “ O PMGZ como ferramenta no contexto da Sustentabilidade” por Roberto Winkler, Gerente ETR Vitória / Cristiano Botelho, Gerente Comercial PMGZ e “Como a genética pode contribuir para a produção de carne e leite sustentável?” por Fernando Flores Cardoso, Embrapa Pecuária Sul. 
Segundo o responsável técnico do ETR de Vitória, Roberto Winkler, os criadores capixabas estão utilizando cada vez mais as ferramentas de seleção que proporcionam a evolução genética do rebanho e sustentam a viabilidade econômica da atividade, auxiliando os pecuaristas a produzir melhor para atender um mercado mais exigente.O Espírito Santo possui um rebanho bovino com aproximadamente 2 milhões de cabeças e tem ampliado o investimento em animais melhoradores de alto padrão genético para aumentar a produtividade e, assim, tornar a pecuária ainda mais atrativa em uma região de alta valorização das terras. 
O aumento de produtividade é o foco principal do PMGZ, informa o presidente da ABCZ, Luiz Claudio Paranhos. Para o dirigente, as taxas atuais de lotação das fazendas destinadas à pecuária no Brasil, que giram em torno de 0,9 unidade animal/hectare, podem dobrar rapidamente. Para isso, a qualidade da genética bovina e a gestão sustentável das propriedades rurais são essenciais. O pesquisador  e Chefe-adjunto da Embrapa Pecuária Sul abordou o aumento da sustentabilidade na pecuária por meio do melhoramento genético. Fernando Flores Cardoso falou para a plateia formada por mais de 60 produtores do estado do Espírito Santo que é possível obter ganhos com animais mais produtivos e com ciclo de produção mais curto. Com isso, durante o ciclo de vida o animal emite menos gases de efeito estufa. Da mesma forma, o melhoramento genético pode proporcionar que os animais tenham maior eficiência na conversão alimentar, diminuindo assim a emissão de metano no processo nutricional dos ruminantes. “Acredito que com o melhoramento genético possamos diminuir entre 15% e 30% da emissão de gases de efeito estufa pela pecuária”, ressaltou Cardoso.
Diminuir a emissão de gases de efeito estufa, além de aumentar a sustentabilidade, é uma das formas de melhorar a imagem da pecuária brasileira no mundo. Segundo Cardoso, a pecuária brasileira é criticada em vários países por ser uma das atividades que contribuem para as mudanças climáticas. “Porém, essa imagem muitas vezes não condiz com a realidade. A Embrapa está finalizando um trabalho que vai medir de fato a emissão dos GEE pelos bovinos no Brasil, e os resultados preliminares mostram que são bem abaixo daqueles divulgados”, acrescentou.

Genômica – Na palestra, Fernando Cardoso ressaltou também a importância que as novas ferramentas de melhoramento genético, como a seleção genômica, terão na produção pecuária. Segundo ele, mudanças de características nos animais em que o melhoramento genético tradicional não é eficiente, podem ser alcançadas por meio da biologia molecular. “Características como melhoria da eficiência alimentar, qualidade da carne e de sanidade são objetos hoje da genômica em todo o mundo e podem contribuir significativamente para uma pecuária mais produtiva e sustentável”, finalizou.

A próxima etapa do Circuito 100% PMGZ será em Palmas, no dia 04/08.
 

 





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