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20 DE MAIO DE 2015. POR MÁRCIA BENEVENUTO

BRASIL vai retomar as exportações de carne bovina para China

BRASIL vai retomar as exportações de carne bovina para China

Brasil e China assinaram o protocolo sanitário em Brasília/DF

Expectativa é de incremento de US$ 1 bilhão nas exportações do agronegócio. Decisão reabilita, de imediato, oito frigoríficos brasileiros a vender para o país asiático.   
A presidente Dilma Rousseff e o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, assinaram, nesta terça-feira (19/5), o protocolo sanitário para a retomada das exportações da carne bovina brasileira para o país asiático. Esta era a medida que faltava para ratificar o fim do embargo chinês, anunciado no ano passado pelo chefe de Estado Xi Jinping. Com a decisão, espera-se um incremento de US$ 1 bilhão nas vendas externas de carne in natura do Brasil.
Para a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a decisão abre espaço para que o país retome as vendas de carne in natura para aquele mercado. Com fim do embargo, está prevista a reabilitação de oito frigoríficos que vendiam a carne bovina para o mercado chinês. Entretanto, a medida também vai possibilitar a habilitação de novos frigoríficos para exportar o produto para a China. Na avaliação da CNA, o Brasil está preparado para exportar carne para os chineses, atendendo as exigências sanitárias daquele país.
A reabertura do mercado chinês para a carne brasileira vinha sendo defendida pela CNA desde o anúncio do embargo, no final e 2012, por conta do surgimento de um caso atípico, no Paraná, de Encefalopatia Espongiforme Bovina (BSE, sigla em inglês), doença conhecida como vaca louca. Na época, mesmo com o foco da doença, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) classificava o país como área de risco insignificante para a incidência da vaca louca.
Para a ABCZ a renegociação do protocolo também materializa a possibilidade de entrada em um mercado gigante de outros produtos oriundos da bovinocultura brasileira. "A retomada das exportações de carne representam um primeiro passo, onde o próximo pode ser a abertura de protocolo para o comércio de animais vivos, sêmen e embriões. A liberação das exportações de material genético tem reflexos diretamente e positivos para a atividade pecuária de seleção, onde estão inseridos todos os associados da ABCZ", salienta a gerente do Departamento de Relações Internacionais da ABCZ, Icce Garbellini.     
O país asiático é considerado um dos mercados prioritários pela CNA para os produtos do agronegócio brasileiro. A entidade sempre defendeu a diversificação da pauta comercial com o país asiático, hoje concentrada na soja. Neste contexto, a carne bovina é um dos potenciais produtos para entrar em maior volume no continente asiático.
"Um mercado desse porte demanda aumento na produção de carne por parte do setor. Para quem faz seleção de animais o impacto também é positivo pois determina o uso de touros e vacas genéticamente melhorados. Os associados da ABCZ, os criadores de reprodutores e matrizes zebuínos são os fornecedores do insumo animal que sutenta essa cadeia produtiva", explica o diretor do Departamento Internacional da ABCZ e presidente da Comissão Nacional da Bovinocultura de Corte da CNA, Antonio Pitangui de Salvo.                    
Para acompanhar as discussões sobre os assuntos de interesse do agronegócio brasileiro e para ajudar o governo brasileiro na promoção comercial do setor, a CNA inaugurou, em 2012, um escritório na capital Pequim, e liderou duas missões empresariais ao país asiático, levando produtores rurais e agroindústrias.

Adaptação texto CNA

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