Diretor da ABCZ assume Comissão da Bovinocultura de Corte da CNA
O diretor da ABCZ, Antônio Pitangui de Salvo, é o novo presidente da Comissão Nacional da Bovinocultura de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Ele participou ontem (11/03/15) de reunião com o presidente da CNA, João Martins da Silva Júnior, e com o presidente da ABCZ, Luiz Claudio Paranhos, para discutir ações que as duas entidades poderão desenvolver em conjunto. Também participaram do encontro o vice-presidente executivo da CNA, Roberto Simões, vice-presidente diretor da CNA, Mário Pereira Borba.
Um dos temas que deve ganhar destaque na Comissão Nacional da Bovinocultura de Corte a partir deste ano é a desburocratização das linhas de crédito para a reforma de pastagem e para implantação do Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF). Apesar do Plano ABC (Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura) ter programas específicos para recuperação de pastagem e iPLF, os pecuaristas reivindicam a facilitação de acesso a essas linhas de crédito.
A melhoria na qualidade das pastagens possibilitará um aumento significativo da produção carne e leite. Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o país tem cerca de 30 milhões de hectares de áreas de pastagens em algum estágio de degradação, com baixíssima produtividade para o alimento animal. “Além do aumento da produtividade, pastagens bem manejadas podem sequestrar altas quantidades de carbono da atmosfera”, assegura Salvo, que também faz parte da diretoria da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais. Outros temas que serão tratados na Comissão de Bovinocultura de Corte serão: abertura de novos mercados para a carne bovina brasileira, política agrícola e seguro, sistema de classificação de carcaça, erradicação da febre aftosa, tributações, etc.
Este ano, a CNA reformulou sua estrutura de comissões e superintendências técnicas. Segundo o presidente da entidade, João Martins da Silva Júnior, a nova estratégia de direção compartilhada da confederação tem como objetivo melhorar a interlocução junto ao produtor rural e dar maior transparência às ações adotadas em favor do agronegócio brasileiro.
No novo modelo, a coordenação de assuntos econômicos transformou-se em Núcleo Econômico, que terá maior capacidade de desenvolver estudos na área tributária e econômica das cadeias produtivas, bem como aprofundar as análises de política agrícola. Entre as coordenações temáticas que foram criadas, estão produção agrícola e animal, sustentabilidade e assuntos estratégicos, que engloba questões fundiárias, infraestrutura e logística, e outras. Foi formalizada, ainda, a Comissão de Assuntos da Região Norte do Brasil, nos moldes da já existente para os produtores nordestinos.
Nova estrutura - Nessa nova estrutura foi institucionalizado o Núcleo Jurídico e deste passou a integrá-lo as questões relacionadas com a legislação trabalhista e de previdência. Assim, as comissões temáticas da CNA são as seguintes: Bovinocultura de Corte; Bovinocultura de Leite; Equideocultura; Aquicultura; Aves e Suínos; Pesca; Ovinos e Caprinos; Sanidade Animal; Cereais, Fibras e Oleaginosas; Café; Cana de Açúcar; Fruticultura; Silvicultura; Sanidade Vegetal; Meio Ambiente; Região Norte do Brasil; Tecnologia; Recursos Hídricos; Assuntos Fundiários; Empreendedores Familiares Rurais; Região Nordeste do Brasil; e Logística e Infraestrutura.
Uma das principais novidades, dentro desse objetivo estratégico, será a realização de reuniões das comissões nacionais por meio de vídeo conferências, de forma a dar agilidade aos trabalhos, permitindo reduzir custos, além da participação direta de todos os setores envolvidos na definição da política agrícola, dos projetos de interesse do agronegócio e da valorização do produtor.