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12 DE MARÇO DE 2015. POR MÁRCIA BENEVENUTO

Capacitação do Pró-Genética reforça objetivo de democratizar genética

Capacitação do Pró-Genética reforça objetivo de democratizar genética

Intercâmbio favorece evolução da bovinocultura de leite e carne no Brasil

Felixlândia (11/03/2015) – Sistema de produção de leite desenvolvido em Minas Gerais, promove aumento da receita do pecuarista somando a venda do leite ao valor do bezerro de corte de qualidade. Modelo foi apresentado para técnicos de 14 estados brasileiros durante treinamento do Programa de Melhoria da Qualidade Genética do Rebanho Bovino Brasileiro (Pró-Genética), realizado nos dias 10 e 11 de março, na Fazenda Guimarães Rosa, da EPAMIG (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais), em Felixlândia, na região Centro-Oeste de Minas Gerais.

Os técnicos conheceram os resultados de uma pesquisa realizada há mais de 15 anos no manejo de um rebanho mestiço que traduz os conceitos do Pró-Genética, pois utiliza fêmeas F1 (meio sangue de raça especializada em leite e meio sangue zebu) para produção de leite e de bezerros de corte. Os conhecimentos gerados em Felixlândia são levados até o pecuarista mineiro por meio de programas como Minas Leite e Pró-Genética, com a interação entre Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Secretaria de Agricultura de Minas Gerais, Epamig, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG), e o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).

Os estudos apontaram que vacas mestiças, além do aumento da produtividade, foram capazes de produzir bezerros de qualidade, quando considerados o ganho médio diário e o peso do desmame, podendo contribuir para a sustentabilidade da produção. "A venda desses bezerros pode complementar a receita da propriedade, desmistificando o tabu de que vacas F1 não produzem animais para a cadeia da carne", explica o pesquisador da EPAMIG, José Reinaldo Ruas, que coordena esse estudo. Ele explicou que a partir da adoção de tecnologia para formação de pastagem, sistemas de produção mais modernos e boas práticas para manter a segurança e a sanidade do gado e algum equipamento para a sala de ordenha e de trato, a média de produção passou de 2.000 kg para 3.000 kg de leite por lactação. 

O temperamento ameno das vacas mestiças adaptadas à ordenha mecânica chamou a atenção do agrônomo de Campina Grande (PB) Luciano Bezerra, que é técnico da ABCZ, acompanhou o manejo na Fazenda Experimental. "É possível perceber que elas são produtivas na ordenha mecânica. O temperamento tranquilo ainda pode ser potencializado pela atitude gentil e calma do vaqueiro e do ordenhador, que muitas vezes é o próprio dono do gado", ressalta.

Para o zootecnista da Emater-DF Douglas Andrade, as demonstrações cumpriram a expectativa de viabilidade econômica do sistema. "É a parte que mais interessa ao produtor, além da possibilidade de este ter acesso à genética de qualidade", conclui.

Para o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SEAPA-MG), João Cruz Reis Filho, os avanços do Pró-Genética em Minas vão além do aspecto econômico. "A capacidade multiplicadora do Programa melhora a satisfação do homem do campo e a qualidade de vida de sua família". Segundo o secretário, o programa implantado em 2007 no estado já disseminou milhares de touros zebuínos  registrados pela ABCZ para os pequenos produtores gerando um impacto significativo no desempenho da atividade em Minas e agora como complemento foi criado o Pró-Fêmeas para melhorar também a base de matrizes do plantel comercial.

Foram apresentadas aos participantes, as perspectivas da bovinocultura e resultados positivos que tornaram Minas Gerais, maior produtor de leite do Brasil, pioneiro no incentivo a pequenos produtores rurais na utilização de animais geneticamente superiores no cruzamento, a partir de tecnologias de fácil aplicabilidade e de administração simples. De acordo com o presidente da EPAMIG, Rui Verneque, houve um avanço em tecnologias para o desenvolvimento da bovinocultura de dupla aptidão. "A pesquisa busca respostas para outros desafios como, aperfeiçoar técnicas de automação para minimizar a questão da falta de mão de obra nas propriedades", exemplifica.

Os criadores interessados na melhoria do seu rebanho devem procurar os órgãos de extensão rural dos estados participantes, os Sindicatos Rurais, as Federações do setor agropecuário e a ABCZ para terem acesso a touros e fêmeas de alta qualidade genética de diversas raças bovinas adaptadas para a produção de carne e leite. A agenda das feiras, shoppings de touros e leilões chancelados está no nosso site.  

Colaboração:Assessoria de Comunicação da EPAMIG







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