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14 DE NOVEMBRO DE 2014. POR MÁRCIA BENEVENUTO

Criadores de raças leiteiras querem inovar na ExpoZebu

Criadores de raças leiteiras querem inovar na ExpoZebu

Um grupo de criadores motivado pela necessidade de dar ênfase às qualidades econômicas das raças zebuínas que as tornam capazes de viabilizar a atividade leiteira a pasto, e ainda proporcionar redução de custos por dispensar trato diferenciado, demandar menos investimentos com procedimentos e medicamentos, está organizando uma participação diferente na 81ª ExpoZebu. Hoje os técnicos e criadores Otávio Villas Boas e Luiz Ronaldo de Paula se reuniram com o presidente Luiz Claudio Paranhos e expuseram as ideias iniciais para estruturar a programação. A intenção é montar um pavilhão onde serão expostos os animais e oferecidos para degustação produtos industrializados da cadeia do leite e processados exclusivamente a partir da ordenha de vacas zebuínas. Outra atração idealizada vai exigir a montagem de uma estrutura artesanal para pasteurizar o leite, fazer queijos, doces e outras delícias típicas de fazenda. No pavilhão os criadores e visitantes também poderão participar de mini-cursos e assistir à palestras. “Observamos que o interesse do mercado é por um alimento saudável e pela informação de que a produção animal segue critérios de bem estar e de sustentabilidade. Considero essa iniciativa dos associados, liderada nesse momento pelos girleiteristas, legítima e viável. Acredito que no futuro vamos constatar os reflexos positivos desse trabalho”, afirmou o presidente Paranhos. 

Existe uma forte tendência em todo o mercado mundial pela busca por produtos saudáveis e essa prerrogativa se aplica a todos os setores da economia, e também segmentos da pecuária. Um dos objetivos do movimento de criadores é promover os sistemas de produção das vacas zebuínas leiteiras, onde é priorizado o manejo natural dos animais. “Esse contexto é muito favorável ao zebu. O leite das vacas zebuínas é produzido a partir de pastagem e essa condição diferenciada precisa ser divulgada, precisa ser reconhecida e precisa ter o devido valor pela qualidade superior. A escala de ordenha conduzida sem artificialismos, sem o uso indiscriminado de agentes químicos é ideal para o meio ambiente, atende a cadeia de lácteos com rendimento superior e remunera o produtor. Nós preferimos estimular a seleção genética capaz de fazer uma população inteira com média de produção de 20 quilos de leite por dia, do que outra para obter um único indivíduo de 70 quilos ao dia”, explica Luiz Ronaldo.
O projeto do pavilhão do leite natural vai destacar os conceitos de saúde do leite zebu e pretende formar opinião junto à comunidade. “Há 20 anos era importante provar que vaca zebu dava leite em escala comercial, agora estamos em um momento diferente. Os melhores animais em uma fazenda são aqueles que remuneram a propriedade. Essa é a genética que precisa ser privilegiada e multiplicada. Um processo que estuda, compila e avalia a produção e a produtividade das matrizes e de suas descendentes é muito mais seguro e fundamentado. Essa é uma condição que acreditamos ser mais adequada no atual momento”, diz o selecionador Tavinho Villa Boas

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