As PGPs da ABCZ iniciaram em 1972 com a metodologia sendo aplicada exclusivamente em sistemas de confinamento. Nesta categoria somam-se 1013 provas com 32.249 animais avaliados. As Provas de Ganho em Peso a pasto vieram um tempo depois, em 1996. Desde então os procedimentos realizados pela Associação ou pelos criadores incluiu no banco de dados zootécnicos das raças zebuínas, as informações de 1186 eventos. Ao todo os relatórios geraram números extraídos em pesagens de 55.542 animais. Em cada etapa de uma PGP são coletadas informações do desenvolvimento físico dos animais inscritos pela pesagem e anotada a medida de perímetro escrotal. Os garrotes também passam por avaliação visual de técnicos da ABCZ e com ferramentas e estudos mais atualizados algumas provas incluem teste de reatividade para verificar o temperamento, medida de tórax para conferir também arqueamento de costelas e mais recentemente está sendo aplicada a avaliação de carcaça por ultrassonografia. Um exemplo é o criador Cleber Roberto Lemes Filho, que incluiu o rebanho da Nelore TETO no PMGZ em 2004 e este ano desenvolveu a primeira Prova de Ganho em Peso a pasto da Fazenda Gigantes na região do Vale do Guaporé, MT. ?A genética TETO agora confere mais este selo de qualidade aos seus produtos. A ultrassonografia de carcaça é uma ferramenta eficiente para ajudar na identificação de reprodutores que serão futuros melhoradores da raça nelore com potencial genético para ganho de peso, musculosidade, rendimento e espessura de gordura subcutânea (EGS). Esta soma de resultados PGP mais ultrassonografia contribui para aumentar a credibilidade e a padronização dos dados, sendo o PMGZ usado para as características econômicas e a ultrassonografia para nichos de mercado?, explica o criador. ?O conhecimento quantitativo e qualitativo das carcaças é de grande importância para a indústria da carne, devido à necessidade constante de se aprimorar a qualidade do produto final. Sendo assim, a aplicação de ferramentas de seleção direta para rendimento e acabamento, visando aumentar o progresso genético dos rebanhos, e consequentemente a rentabilidade do setor, se mostram extremamente importantes e indispensáveis. A utilização de técnicas de avaliação in vivo, como a ultrassonografia, permitem uma avaliação rápida, não invasiva e com boa precisão da composição corporal, garantindo eficiência ao setor produtivo. Além disso, equações utilizando características obtidas por ultrassom, podem auxiliar na classificação dos animais quanto ao seu acabamento e consequentemente, sua precocidade?, complementa Bruna Hortolani, zootecnista e assessora do PMGZ. O estado do Mato Grosso tem o maior rebanho comercial do Brasil e os plantéis de animais puros, destinados ao melhoramento genético vem crescendo em volume e qualidade. ?Essa condição se deve a vários criatórios que estão investindo em genética e principalmente em ferramentas que auxiliam a seleção e o melhoramento de seus animais. Entre estes trabalhos, podemos citar os criadores do Nelore Teto, Sino, C5 e Anka, que além de serem integrantes do PMGZ, foram pioneiros na realização da 1° PGP com avaliação de carcaça por ultrassonografia em Mato Grosso. Os dados de ultrassonografia de carcaça do rebanho repassados ao PMGZ, vão contribuir para gerar DEPs em características de produção de carne de qualidade no Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos. E o trabalho só começou, o Nelore TETO já está com outra PGP agendada para Agosto e no mesmo padrão?, disse Leonardo Rodrigues de Queiroz, técnico da ABCZ no MT.