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16 DE ABRIL DE 2012. POR MÁRCIA BENEVENUTO

ABCZ promove Dia de Campo do PMGZ Leite no Vale do Paraíba

ABCZ promove Dia de Campo do PMGZ Leite no Vale do Paraíba
Mais de 150 pessoas participaram do Dia de Campo do PMGZ Leite, neste sábado (14/04) realizado no Vale do Paraíba no estado de São Paulo. O público foi recebido pelo diretor da ABCZ, José de Castro, o superintende adjunto de melhoramento genético da ABCZ, Carlos Henrique Cavallari Machado e o criador Eduardo Falcão da Estância Silvânia, na nova sede da fazenda, localizada no município de Caçapava. Para cumprir a programação foram abordados vários temas relacionados a seleção do zebu leiteiro, melhoramento genético e perspectivas para a sustentação da atividade leiteira pelas vantagens econômicas das raças zebuínas. Os rebanhos formados por animais zebu têm condições de se reproduzir em climas secos e quentes; são menos exigentes com manejo nutricional e sanitário contra parasitas e as vacas produzem leite com maior taxa gordura e sólidos a baixo custo e na escala comercial os bezerros machos também representam uma fonte de renda importante. A gerente do PMGZ Leite, Mariana Alencar, falou sobre o funcionamento dos processos do controle leiteiro no volume de produção nas fazendas e explicou como os avanços de metodologias e a credibilidade de testes laboratoriais podem ser implantados, para gerar informações sobre a qualidade do leite ao banco zootécnico. ?O zebu já cumpriu um caminho importante. O trabalho de seleção tem todo o mérito pelo destaque que as raças leiteiras tem tido atualmente, mas agora o criador e o produtor de leite precisam se preocupar em identificar os animais que vão ter condições de dar leite de mais valor. A remuneração por qualidade e o processamento do leite para exportação é uma tendência clara do mercado interno e de exportação. Não podemos mais só pensar em volume?, alerta a zootecnista. No exemplo do Dia de Campo de Caçapava, o titular da Estância Silvânia, apresentou o projeto de produção do leite ?Silvania A2?, produto adequado a IN 62 e isento de substâncias alergênicas geradas pelo consumo de uma proteína chamada Caseína A1, que é uma mutação da caseína A2, a original. A A1, que no processo de digestão do ser humano, assume efeitos parecidos com os da morfina no organismo, é comum à maioria dos rebanhos de genética taurina. Uma pesquisa científica conduzida pela APTA (Agência Paulista de Tecnologia Agropecuária) com centenas de vacas gir leiteiro, que representam todas as linhagens selecionadas no Brasil, comprovou que a pureza racial dos animais preservou a proteína A2 em mais de 90% do rebanho. Por esta condição o criador vai processar 1.000 litros de leite tipo A, com a caseína A2, a partir de 60 vacas em lactação. O custo apresentado foi de R$ 2,10 com lucro de R$ 0,90 por litro e a meta é de atingir 2.000 litros no segundo ano. ?Nós já protegemos as nascentes da fazenda, estamos recuperando as pastagens, vamos cultivar o volumoso de qualidade para oferecer no cocho e produzir adubo orgânico para a ferti-irrigar os piquetes e trabalhar com manejo rotacionado. A capacidade vai ser de 10 unidades animal por hectare. Além de seguir no projeto de genética, vamos ter uma renda maior no leite e promover a inclusão social, pois 6% da população que tem intolerância a caseína A1, vai poder tomar leite?, destacou o criador Eduardo Falcão, formado em medicina veterinária. Na parte prática os participantes do Dia de Campo acompanharam uma demonstração do SUM, Sistema Único de Mensuração, processo que apoia a seleção morfológica funcional do rebanho. No período da tarde a Estância Silvânia promoveu um shopping de touros e animais elite, e no domingo um leilão de animais e prenhezes do banco genético da seleção e de criatórios convidados.

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