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13 DE ABRIL DE 2012. POR LARISSA VIEIRA

Cresce demanda por registro de receptoras CCG

Cresce demanda por registro de receptoras CCG
Com o mercado de receptoras em expansão em todo o país, muitos criadores estão investindo no registro de animais oriundos de cruzamentos entre raças zebuínas diferentes. No Centro-Oeste, a ABCZ acaba de registrar exemplares da categoria CCG (Controle de Genealogia), que é destinada aos animais cruzados. O técnico Leonardo Rodrigues de Queiroz esteve na fazenda Dona Adelina, município de Cotriguaçu (MT), para registrar os produtos oriundos do acasalamento entre fêmeas nelore e touro tabapuã. A propriedade pertence ao criador Eloi José Wagner. Foram os primeiros registros de CCG efetuados pela equipe do Escritório Técnico Regional (ETR) da ABCZ em Campo Grande (MS). Segundo Leonardo Queiroz, outra propriedade de Cotriguaçu também deve registrar animais na categoria CCG. A JK Pneus Ltda. realizou o cruzamento entre fêmeas nelore e touros guzerá leiteiro. Os produtos ainda serão vistoriados. ?Muitos criadores já estão produzindo receptoras CCG para atender o mercado em 2014, quando entrará em vigor a exigência de só utilizar receptoras 100% zebuínas para as raças brahman, cangaian, indubrasil e nelore?, afirma o técnico. A ABCZ está distribuindo uma cartilha sobre o uso obrigatório de receptoras zebuínas. Confira abaixo alguns trechos do material: O que é considerado uma receptora zebuína? Poderão ser utilizadas como receptoras uma das seguintes categorias de animais: a) Fêmeas PO, portadoras de RGN ou RGD, de qualquer raça zebuína. b) Fêmeas LA, com RGD de fundação ou com RGN ou RGD nesta categoria, de qualquer raça zebuína. c) Fêmeas da categoria CCG, que tenham 100% (cem por cento) de genética zebuína. d) Fêmeas com 100% (cem por cento) de genética zebuína, presumida pelo fenótipo, por um período de 2 (dois) anos, contados a partir de 2014. NA PRÁTICA: ? Para as fêmeas das categorias PO e aquelas de segunda geração da categoria LA (segunda parte do item ?b?), será exigido apenas que possuam o RGN ? Registro de Nascimento; ou seja, o que usualmente o mercado denomina como fêmeas ?controladas?. Obviamente que esta é a exigência mínima, e aquelas portadoras de RGD ? Registro Definitivo estão contempladas automaticamente no processo. ? As fêmeas ?cara-limpas?, de quaisquer das raças zebuínas, registradas como matrizes LA de fundação (RGD), são aquelas cujo registro se baseia no exame fenotípico, tendo como critério único e exclusivo o padrão racial ao qual se pretende enquadrar o animal. O RGD pode ser concedido a partir dos 18 meses de idade e o custo por animal está sendo subsidiado pela ABCZ, que oferece desconto de 70% sobre o valor de tabela (consulte). ? As fêmeas da categoria CCG ? Controle de Genealogia (letra ?c?) são aquelas provenientes de cruzamentos entre raças zebuínas controlados pela ABCZ. Vale notar que, embora a ABCZ opere com alguns cruzamentos envolvendo raças zebuínas e taurinas (a exemplo do guzolando ? guzerá x holandês), para efeito desta regra somente os cruzamentos envolvendo 100% de genética zebuína (zebu x zebu) serão permitidos. O CCG tem regulamentação própria, que está contida no Regulamento do SRGRZ, disponível em www.abcz.org.br. ? As fêmeas com 100% de genética zebuína, previstas na letra ?d?, são uma concessão temporária, válida por dois anos, contados a partir de 2014. O objetivo principal é facilitar a implantação do processo. Trata-se do aproveitamento daquelas matrizes já existentes na propriedade, sem raça definida, mas que pela avaliação visual (presumida pelo fenótipo) apresentam 100% de genética zebuína. Essa avaliação deve ser feita por um técnico habilitado da ABCZ e, da mesma forma que para o registro LA de fundação, recomenda-se que a idade mínima seja de 18 meses ou até mais. Essas fêmeas tanto podem ter genética predominante de uma determinada raça, a ponto de quase poderem ser registradas no LA de fundação (por exemplo, matrizes aneloradas), quanto podem ser produtos de cruzamento, mas sempre envolvendo somente raças zebuínas. Para as matrizes cruzadas, o que o técnico da ABCZ irá observar será a presença de indicadores de padrões exclusivos de zebuínos, tais como, presença de cupim, de barbela, couro solto de uma forma geral, pelos mais lisos e assentados, chifres (quando presentes) mais rugosos e ásperos, dentre outros aspectos perceptíveis. Essas matrizes cruzadas não receberão o registro, propriamente dito. O técnico, após inspecioná-las, fará a marcação a fogo, obedecendo a uma sequência alfa-numérica controlada pela ABCZ, composta pelas letras RZ, de Receptora Zebuína, e uma numeração em ordem crescente. Essas matrizes serão incorporadas com esta identificação à base de dados da ABCZ, e o criador deverá utilizar o seu número de identificação RZ para indicá-la como receptora utilizada em algum de seus processos de FIV ou TE. É válido ressaltar que, a partir de 2016, essas matrizes não registradas não poderão mais ser utilizadas, prevalecendo apenas aquelas previstas nas condições dispostas das letras ?a?, ?b? e ?c?.

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