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09 DE SETEMBRO DE 2011. POR LAURA PIMENTA

ABCZ registra primeiros zebuínos no Canadá

ABCZ registra primeiros zebuínos no Canadá
Os primeiros zebuínos com genética brasileira nascidos em solo canadense foram registrados pela ABCZ durante o mês de agosto pelo técnico da associação, Eric Luís Marques da Costa. Nesta primeira inspeção, foram registrados cinco animais da raça nelore (sendo, quatro machos e uma fêmea), cujas identificações são ALTA 6, ALTA 8, ALTA 10, ALTA 11 e ALTA 12; quatro animais guzerá (1 macho e 3 fêmeas), com identificações ALTZ 1, ALTZ 2, ALTZ 3 e ALTZ 4 e três animais gir leiteiro (2 machos e 1 fêmea), cujas identificações são ALTG 1, ALTG 2 e ALTG 3. Os embriões zebuínos foram enviados para Calgary, no Canadá, há aproximadamente quatro anos e meio pela Alta Genetics, que é a proprietária dos animais. A intenção da empresa com a exportação é justamente quebrar a barreira do desconhecimento sobre as raças zebuínas no país e, ainda, abrir novos mercados para a genética brasileira em países com clima tropical e subtropical através da grande possibilidade que o Canadá dispõe para exportar material genético. ?O Canadá possui protocolo sanitário com praticamente todos os países do mundo. Diferentemente do Brasil que possui protocolo com apenas uma dezena de países, para onde podemos exportar material genético como sêmen e embriões. Queremos fazer com que outros países possam experimentar a genética zebuína. Se eles aprovarem o zebu, será mais fácil para que os governos definam os protocolos sanitários e, assim, o Brasil poderá exportar para novos mercados importantes, como África do Sul, México e sul dos Estados Unidos?, revela Heverardo Rezende de Carvalho, diretor da Alta no Brasil. Antes de serem enviados para o Canadá, no entanto, a empresa fez um criterioso trabalho de seleção da genética que seria exportada. ?Nós procuramos trabalhar com fazendas que tivessem alto nível de seleção. Buscamos animais excepcionais, dentro das raças nelore, gir leiteiro e guzerá com aptidão leiteira e os nossos técnicos fizeram os acasalamentos?, conta Heverardo. Os embriões foram enviados para a central canadense e, hoje, os animais já estão com aproximadamente dois anos e meio. Foram enviados embriões com genética oriunda de três criatórios brasileiros: Agropecuária Naviraí (nelore), Fazenda Taboquinha (guzerá) e Fazenda Calciolância (gir leiteiro). De acordo com o superintendente Técnico da ABCZ, Luiz Antonio Josahkian, a iniciativa se reveste de interesses não só comerciais (dada a extensão do mercado externo que se visualiza daquele país), mas também do ponto de vista técnico-científico, a partir do momento em que poderão ser geradas informações sobre a interação genótipo- ambiente zebuína em ambientes temperados. ?Bons resultados a partir daí podem significar para a genética zebuína transformar-se no elemento de produção da tão almejada heterose para o segmento comercial da carne e do leite, o inverso que fazemos no Brasil com a genética taurina. Esse é um uso da genética zebuína quase totalmente inexplorado", conclui Josahkian. Mais informações na Revista ABCZ 64, que começa a circular no mês outubro.

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