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16 DE AGOSTO DE 2011. POR LARISSA VIEIRA

Evolução de tecnologias de reprodução ajudará Brasil a atender demanda mundial por alimentos

Com um avanço significativo na produção de embriões nos últimos anos, o Brasil trabalha para elevar a eficiência de tecnologias de reprodução bovina com o intuito de expandir essas técnicas em escala comercial. Entre as tecnologias que apresentam maior crescimento está a Fecundação in Vitro (FIV), que no rebanho leiteiro teve alta de 764% nos últimos cinco anos. Apesar dessa elevação, a tecnologia precisa melhorar a taxa de prenhez a partir de embriões congelados, que hoje é considerada baixa. "Como a FIV permite multiplicar de forma rápida a genética de animais de alta qualidade, a tecnologia certamente ajudará o Brasil a atender a demanda mundial por alimentos estimada para as próximas décadas", informa o pesquisador da Embrapa Gado de Leite, João Henrique Moreira Viana, durante palestra "Evolução da Fecundação in Vitro", ministrada no segundo dia do 8º Congresso Brasileiro das Raças Zebuínas. O evento integra a programação da ExpoGenética 2011, feira realizada no Parque Fernando Costa até o dia 21 de agosto, em Uberaba (MG).
Dados apresentados pelo pesquisador mostram que a tecnologia deixou de ser restrita aos rebanhos de elite e vem sendo utilizada com bons resultados inclusive em animais mestiços. No início da aplicação da FIV apenas rebanhos puros eram alvo da tecnologia. "A FIV é um fenômeno recente, mas que tem gerado bons negócios para o Brasil, possibilitando além da multiplicação da genética de ponta, a geração de novos empregos no país. Também estamos exportando a tecnologia para outros países", garante Viana.
De acordo com a pesquisadora da Unesp/Jaboticabal Vera Fernanda Martins Hossepian de Lima, pesquisas na área de reprodução de machos estão buscando soluções para elevar o número de animais cujos sêmens apresentam bons resultados em procedimentos, como FIV, sexagem e Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF). Um dos problemas encontrados na sexagem é a resistência do espermatozóide ao processo de sexagem, realizada com a técnica de citometria de fluxo. "O índice de touros que apresentam esse tipo de problema chega a 40%. Já na etapa de congelamento do sêmen, o número de reprodutores que não obtém sucesso está entre 5% e 15%", diz Vera Fernanda, que encerrou o segundo dia de palestras da ExpoGenética. Ela falou sobre "Avanços na biotecnologia de reprodução de machos para a pecuária sustentável".
A pesquisadora da Unesp acredita o Brasil conseguirá maiores avanços com a técnica de citometria de fluxo do que outros países. "Temos uma pecuária altamente profissional, com os produtores investindo na adoção de novas tecnologias", finaliza Vera.


Programação ExpoGenética
A feira terá hoje, a partir das 14h, a avaliação dos touros participantes do Programa Nacional de Avaliação de Touros Jovens. Acontecem ainda dois leilões: "Talento Genética TOP" (virtual), a partir das 20h, com transmissão pelo Canal do Boi, e 4º Pioneiros (Gir Leiteiro), no Tatersal ABCZ, também às 20h.

 

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