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11 DE AGOSTO DE 2011. POR MÁRCIA BENEVENUTO

Criadores de sindi divulgam a raça na ExpoGenética

A raça Sindi estréia na ExpoGenética com 23 animais de dois importantes criatórios. No pavilhão 5 o gado vai ser o destaque da vitrine que pretende mostrar aos visitantes por que a genética tem conquistado admiração e cada vez mais adeptos na pecuária seletiva e também no segmento comercial.

O sindi é um dos zebuínos mais antigos do planeta. A raça tem sua origem no norte da província de Sind, região desértica do Paquistão. Os animais que apresentam um fenótipo de frame médio, ossatura leve e pelagem avermelhada possuem uma capacidade de sobrevivência e multiplicação em áreas inóspitas, considerada ímpar entre pesquisadores e pecuaristas.

O potencial para converter nutrientes pobres em carne e leite é comprovado em relatórios de lactações e resultados de abates técnicos. No rebanho da EMEPA, Empresa de Pesquisa e Extensão Rural da Paraíba, as vacas manejadas a campo fizeram média de 1,84 kg de leite em lactações de 249 dias. Os bezerros que nascem com 22 quilos são desmamados com mais de dez arrobas e o intervalo entre partos das mães é de 13 meses. Já no último abate técnico realizado pela Fazenda Novo Horizonte com 23 machos, as carcaças foram classificadas sob critérios da ABCZ em "performance excelente". O rendimento foi de 76% nos cortes traseiros e 72% nos dianteiros com acabamento de cobertura média.

 

A Fazenda Novo Horizonte de Adaldio Castilho Filho é a principal reserva genética das linhagens Sindi no Brasil. Uma grande parte do rebanho original que desembarcou no país ficou concentrada nas terras do interior de São Paulo, posteriormente foi disseminado em estados do Nordeste e recebeu reforço de sangue na importação de 1952. Hoje o criatório participa dos principais eventos das raças zebuínas de corte e leite e aderiu também à ExpoGenética. "É a primeira vez que participo. Estou muito animado por que o conceito dessa mostra é para produtividade e eficiência a campo, a mesma linha que norteia a nossa seleção fenotípica e zootécnica. Vou levar 10 touros e uma fêmea. Acho que é o momento de trabalhar a raça sindi também com mais estudos com novas tecnologias. Recentemente nós fizemos a primeira transferência de embriões congelados com material dos nossos animais e a taxa de prenhez nos procedimentos ficou em 63%", declara o criador.  

 

O outro expositor de sindi é Marcos Rodrigues da Cunha. O produtor que trabalhou com bubalinocultura durante muito tempo escolheu a raça pela rusticidade e capacidade de adaptação. "Eu tinha muitas áreas naturais na propriedade em Jataí no estado de Goiás. O sindi é um bicho diferente, aguenta seca comendo ervas, casca de pau, qualquer mato disponível e ainda assim se mantêm com bom escore corporal e procria. Comecei cedo neste negócio. Tinha oito anos de idade quando comprei meu primeiro boi para engordar por isso acredito na eficiência econômica. Estou também fazendo avaliação do meu rebanho pelo PMGZ. Quero poder comprovar as qualidades destes animais que chegam ao peso de abate com carcaça muito boa em 18 meses. Outra vantagem que vejo no sindi é aceleração do processo. O gado já ganha tempo dentro da barriga da mãe porque o período de gestação das vacas é menor. Em média dez dias menos que a maioria das raças", destaca o selecionador.

O Sindi Raja vem para ExpoGenética com 12 machos.

Mais informações: www.sindi.org.br     

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