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06 DE MAIO DE 2011. POR RENATA THOMAZINI

Pastagem e irrigação são discutidas esta manhã durante a ExpoZebu 2011

A sequência de palestras do IV Simpósio Pecuária Sustentável, que este ano é uma parceria entre ABCZ e Fazu,começou hoje (6/5) com a palestra do professor João Chrisóstomo Pedroso Neto (FAZU/EPAMIG), que falou sobre "Correção e Adubação de Pastagens". Em sua fala, o professor chamou atenção para o fato de que é preciso que seja feito acompanhamento do solo para se obter o máximo de sua produtividade. "O solo é um recurso esgotável. É preciso um acompanhamento mais rigoroso de seus nutrientes para que seja mantido o equilíbrio e não sejam comprometidos os níveis nutricionais", afirma.

Para o professor a adubação não é uma "receita de bolo". Enfatizou a importância de se ficar atento quanto ao que se pretende na propriedade. João neto explicou que é preciso avaliar qual tecnologia será utilizada no solo, o nível de necessidade nutricional desse solo e qual a cultura que será desenvolvida ali. Segundo o professor, hoje em dia a pastagem é vista como uma cultura, diferente do que se pensava antigamente. "Com a abertura do Cerrado para plantio, o uso de micronutrientes passou a ser mais importante. Hoje a tecnologia permite o uso de solos mais pobres, com a utilização de calagem (correção da acidez).

O professor Eusimio Felisbino Fraga, da USP/Esalq, também falou ao público esta manhã e abordou o assunto "Irrigação de pastagem". Um dos aspectos interessantes abordados pelo professor foi a questão do manejo para otimização dos recursos de pastagem. A entrada ou saída dos animais nos piquetes no tempo certo é fator que determina também a eficiência da irrigação na variabilidade de uso da pastagem. Mas uma questão que sempre tira o sono de quem quer utilizar a irrigação é "qual o tipo de método a ser utilizado?". Para Eusimio Fraga isso depende de alguns fatores, tais como poder de investimento do produtor, verificação da relação custo-durabilidade do equipamento, a questão do custo com mão-de-obra, por exemplo. "A mão-de-obra qualificada reduz problemas, porque é importante saber utilizar equipamentos que necessitam de manutenção e cujo investimento é alto a princípio", explica o professor, que salienta que não adianta acertar no tipo de equipamento a ser utilizado, se quem o maneja o faz de forma errada.

Durante a palestra o público acompanhou, ainda, uma explanação sobre os tipos de sistemas utilizados para irrigação, além de análise sobre o custo-benefício de cada um deles. Mas um detalhe chamou mais a atenção dos participantes: o fato do monitoramento da umidade do solo. "O produtor tem que parar de verificar se o solo está bem irrigado com o "butinômetro" (forma de verificação onde se pisa no solo para sentir se está molhado). É preciso investir em tecnologia. Existem muitas que são acessíveis financeiramente e que evitam o erro na análise de umidade do solo", afirma. Para Eusimio Fraga o produtor acaba achando que é preciso irrigar onde não é preciso. "Tudo depende de um balanço entre umidade do solo e precipitação de chuvas", explica.

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