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05 DE MAIO DE 2011. POR LAURA PIMENTA

Simpósio de Agropecuária Sustentável debate melhores práticas de produção

Iniciado na manhã de hoje (05/05), no Salão Nobre da ABCZ, o 4º Simpósio de Agropecuária Sustentável, promovido pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) em parceria com a FAZU (Faculdades Associadas de Uberaba), trouxe neste ano como grande novidade a inclusão do setor agrícola no encontro, que aborda anualmente as alternativas para a implantação de melhores práticas para a sustentabilidade do agronegócio brasileiro.
A abertura do evento contou com a participação do diretor da ABCZ, Antonio Pitangui de Salvo, do superintendente de Marketing e Comercial da ABCZ, João Gilberto Bento e da diretora geral da FAZU, Dionir Dias de Oliveira Andrade. A platéia foi formada por aproximadamente 100 estudantes de Agronomia da FAZU e outras instituições de ensino, acompanhados por professores.
 Em sua fala, o superintendente da ABCZ destacou a importância do profissional de Agronomia para o desenvolvimento das atividades no campo, não só agrícolas, como também, pecuárias. "É o agrônomo que realmente conhece todas as necessidades do solo. Justamente por conhecer a importância da integração da Agronomia e Zootecnia é que transformamos o Simpósio de Pecuária Sustentável em Simpósio de AGROpecuária Sustentável", informou Bento.
Engenheiro Agrônomo formado pela Universidade Federal de Viçosa, há 25 anos, o diretor da ABCZ, Antonio Pitangui de Salvo, reforçou a importância da formação profissional com foco na sustentabilidade do sistema produtivo, assim como a professora Dionir Dias de Oliveira Andrade, que revelou o interesse dos estudantes da FAZU em participar da exposição, sobretudo, das discussões referentes à Sustentabilidade.
A primeira palestra do simpósio foi proferida pelo engenheiro agrônomo e ex-professor da FAZU, Antônio N.S. Teixeira, que falou sobre "Bioativação de Agrossistemas". Antônio enfatizou a contribuição do processo de ativação biológica do sistema solo-planta através do uso de bioativadores nas lavouras. "O grande problema do sistema convencional de produção no Brasil é que ele não tem foco nos microorganismos que atuam no solo favorecendo o sistema radicular das plantas. Além disso, o sistema convencional aumenta continuamente a necessidade de utilização de insumos químicos, cria dependência gereralizanda (deixando as plantas frágeis, solos desequilibrados, etc), além de promover a degradação e poluição ambiental e dos alimentos", destacou ele.
Apesar do modelo dominante de produção em nosso país ainda não ser sustentável, o professor lembrou que já existem tecnologias desenvolvidas para o estabelecimento de um novo modelo, porém, a transição para este novo modelo deve ser feita de forma gradual. "Novas tecnologias não alinhadas com a sustentabilidade estão fadadas ao fracasso", sintetizou. Antonio comentou os benefícios das vantagens da Bioativação de Agrossistemas, como o menor custo de produção, gera aumento de produção e do lucro, é sustentável", concluiu.
Na sequência, o professor da FAZU, Elcides Rodrigues da Silva, proferiu a palestra "Recuperação de bacias hidrográficas", onde apresentou os impactos ambientais do campo e cidade nas bacias hidrográficas, e ainda, técnicas de minimização de inundações de águas pluviais. Elcides lembrou que para que se faça o manejo adequado das bacias hidrográficas é preciso entender o ciclo hidrológico, que atualmente está sendo constantemente influenciado pelas ações do homem. "Alterações produzidas pelo homem causam os chamados efeitos antrópicos e podem alterar parte do ciclo hidrológico quanto à quantidade e qualidade de água. É um processo em cadeia: os efeitos antrópicos acontecem em nível global, como por exemplo, com o aumento dos gases de efeito estufa e em nível local, com o desmatamento, a contaminação da água, urbanização sem controle, etc. A resposta da natureza surge com erosões, secas, doenças e miséria generalizada", informou Elcides.
O professou citou ainda, exemplos de como a supressão da vegetação nativa, está expondo solos e contaminando a água, levando consequentemente à degradação das bacias. Posteriomente, Elcides enfatizou a necessidade da implantação de boas práticas como a utilização de curvas de nível, valorização das leis de proteção ambiental por parte dos cidadãos, entre outros temas.
Logo após a apresentação, os estudantes participaram de um debate com os palestrantes. Durante a tarde, o simpósio será retomado com a apresentação do professor da FAZU, Vinícius A. Maciel Jr., sobre "Novo Código Florestal" seguida da palestra do gerente do PMGZ, Lauro Fraga, sobre "Melhoramento Genético" e ainda "Correção e adubação de pastagens", com o professor da FAZU, João Chrisóstomo P. Neto, "Irrigação de Pastagem", com o professor da USP /Esalq, Eusímio Felisbino Fraga, "Uso de Biofertilizantes nas pastagens", com a professora da FAZU, Renata Serafim e "Sistema Agrosilvopastoril", com o professor da FAZU, Fausto Antônio Domingos Jr.
O Simpósio faz parte da programação da 77ª ExpoZebu, realizada no Parque Fernando Costa, em Uberaba/MG, e será encerrado na tarde desta sexta-feira (06/05).

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