Dependendo do interesse de cada criador, os procedimentos para emissão de RGN e RGD aos produtos filhos do touro da raça Gir, Radar dos Poções, poderão ser retomados. Isso, desde que os animais tenham a paternidade comprovada por exames de laboratório, tendo como referência o perfil alélico oficial do reprodutor, disponibilizado pelo MAPA.

"Para estes casos, onde os criadores foram induzidos a erro e acabaram usando material genético adulterado sem nenhum conhecimento, foram estipuladas normas excepcionais na concessão dos registros. A ABCZ vai ter que rever caso a caso. Nós vamos acompanhar os associados que quiserem providenciar os testes de paternidade, fazendo a colheita de material genético de forma oficial, para que eles possam enviar aos laboratórios com maior segurança. Havendo compatibilidade genética, os produtos do Radar receberão os referidos documentos. Não havendo, o criador terá a oportunidade de regularizar os documentos dos produtos, desde que seja providenciada a identificação da nova paternidade." explica o Superintendente Técnico da ABCZ, Luiz Antonio Josahkian.

A concessão dos registros genealógicos foi suspensa em dezembro, quando a Associação Brasileira de Criadores de Zebu recebeu denúncias da existência de dois perfis alélicos incompatíveis para o mesmo animal, identificados em materiais genéticos do reprodutor que vinham sendo comercializados no mercado.

Na época a ABCZ adquiriu uma dose de sêmen rastreada, proveniente de empresa credenciada junto ao MAPA, e repassou a amostra para devidas providências ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, que é responsável pela licença e fiscalização de empresas do setor de imunogenética. 

Por decisão do MAPA, o sêmen foi analisado em laboratório dos Estados Unidos para a determinação do verdadeiro perfil alélico do touro.