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29 DE JANEIRO DE 2010. POR LARISSA VIEIRA

Pecuária brasileira sofre mais cobranças que concorrentes

O Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável, formado por representantes das redes varejistas, bancos, ONGs, frigoríficos e associações de criadores, voltou a debater os novos rumos da pecuária nacional. O encontro aconteceu na quarta-feira (27/01), na capital paulista, e teve a presença da ABCZ. Segundo o superintendente de Marketing e Comercial da associação, João Gilberto Bento, o grupo discutiu a adoção de mais regras para o produtor rural em relação ao meio ambiente. "Somos contrários a imposição de novas regras, porque o produtor já tem que cumprir um rigoroso código ambiental no Brasil. O produtor precisa é incentivo por parte do governo, como a oferta de mais crédito para promover a recuperação da pastagem e investimento em genética. Pesquisas já provaram que esses dois fatores ajudam a reduzir a emissão de metano e a aumentar o sequestro de carbono", explica Bento.

Outra medida que preocupa os produtores é a crescente exigência em relação às questões ambientais de setores que utilizam subprodutos do boi. Durante a reunião, representantes de empresas multinacionais fabricantes de tênis informaram que só irão comprar couro proveniente de propriedades brasileiras que atendam a todas as exigências relacionadas ao meio ambiente. "Somente o pecuarista têm arcado com os custos de uma produção sustentável. Já os ganhos conseguidos com o valor agregado que o produto passa a ter não são repassados ao produtor", diz o superintendente da ABCZ. Segundo ele, outros países que também vendem couro para a indústria de calçados não estão sendo cobrados com o mesmo rigor que o Brasil. A ABCZ participa do Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável apenas como observadora.

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