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20 DE AGOSTO DE 2009. POR LARISSA VIEIRA

Seleção de animais para produção de carne é destaque na Expogenética

Com o objetivo de mostrar os avanços genéticos do rebanho brasileiro, a 2ª Expogenética, que acontece em Uberaba (MG), apresentou na manhã desta quinta-feira (20/08) os resultados que vêm sendo alcançados por dois programas de melhoramento genético. O zootecnista da Alta Genetics, Adriano Rúbio, explicou como funciona o Programa Alta Plus e os desafios da pecuária nacional. O consumo de carne deve dobrar nos próximos anos de acordo com previsões da FAO. Entre os grandes produtores do alimento, o Brasil é o que apresenta maior taxa de crescimento da produtividade, 3,66% contra 1,95% dos Estados Unidos. A produção de carne bovina em pastagem subiu de 11 kg/carcaça/ha em 1997 para 39 kg/carcaça/ha em 2008, alta que exige aumento da produtividade, mas sem ampliação da área de pastagem.

Com essa exigência, é cada vez maior a procura por sêmen de touros provados. De acordo com Rúbio, o programa de avaliação genética funciona como agregador de valor de mercado. "O melhoramento genético aplicado na busca da maior lucratividade exige que haja um valor econômico agregado nas mudanças de características individuais favoráveis. Necessário conhecer o que influencia a lucratividade da produção", destacou.

O médico veterinário da GAFP Consultoria, Ilário Ferrari de Oliveira, falou em seguida sobre a avaliação e acasalamento em grupo por fenótipo de produção. Segundo ele, este tipo de avaliação é feita em diversas fases de produção. Entre 1992 e 2002, mais de 200.000 fêmeas em mais de 150 propriedades diferentes foram avaliadas dentro da metodologia GAFP. Quatro grupos de animais forma formados para as avaliações. Os resultados mostraram que os grupos 1 e 2 tiveram alta produção e o 3 e 4 ficaram abaixo da média. Neste caso, a indicação é descartar os animais que não apresentaram bom desempenho.

Outro programa de melhoramento que apresentou sua metodologia durante a Expogenética foi o conexão Delta G. O zootecnista Daniel Feijó mostrou ao público como o programa funciona, cujo foco são as características produtivas. O Delta G baseia seus trabalhos na eficiência produtiva com animais adaptados buscando fertilidade, precocidade sexual, de crescimento e de terminação, rendimento de carcaça e qualidade de carne. O médico veterinário do Gensys, Jorge Luiz Paiva Severo, falou sobre como é feita a avaliação dos animais do programa. A coleta de dados envolve uma série de etapas, que vai desde identificação do touro utilizado, estação de monta, seleção por fertilidade. Todos os dados coletados são posteriormente avaliados pela Gensys, que gera relatórios de produtos e vacas e sumário de touros (cujo banco de dados conta com informações de mais de um milhão de animais).

O zootecnista da Brazilcomz, William Koury Filho, encerrou a apresentação do Delta G apresentando os animais que participam do programa e quais os critérios de seleção usados nas avaliações visuais.

 

A Expogenética continua nesta tarde e vai até amanhã.

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