Vários segmentos da cadeia produtiva da carne reuniram-se ontem (10/03), em São Paulo, com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos para traçar o alinhamento estratégico do Brasil em relação à sanidade animal. O grupo abordou as medidas que devem ser adotadas para erradicação da febre aftosa no rebanho bovino brasileiro. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil já anunciou que pretende ampliar as áreas consideradas livres da doença sem vacinação. Atualmente, apenas Santa Catarina é considerada área livre sem vacinação.
 "Isso possibilitará a abertura de novos mercados para exportação de gado em pé, sêmen e embriões, como México e Estados Unidos. Também irá facilitar a revisão dos protocolos sanitários com outros países, que têm colocado a aftosa como empecilho para abertura de seus mercados para a genética bovina brasileira", destaca o gerente de Relações Internacionais da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu), Gerson Simão, que coordena também o consórcio de exportação Brazilian Cattle Genetics. Ele representou a entidade na reunião de ontem. No ano passado, o consórcio ampliou em 43% as exportações superando as expectativas iniciais da ABCZ e da APEX-Brasil, parceiras no projeto. Foram comercializados mais de US$ 86 milhões em vendas de sêmen, animais vivos, equipamentos, sementes para pastagem, produtos veterinários, prestação de serviço em melhoramento genético e nutrição animal. Em comparação ao primeiro ano do projeto (2004), as exportações cresceram 585%.
Além do representante da ABCZ, participaram do encontro o presidente do Conselho Nacional da Pecuária de Corte, Sebastião Guedes, Jerry O'Callaghan (do frigorífico JBS), e os representantes da parte sanitária do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, David Ashford, David Midgarden e Adriano Perera.