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02 DE FEVEREIRO DE 2009. POR LARISSA VIEIRA

Auditores da União Européia terminam visita a Minas Gerais

 

Terminou na sexta-feira (30/01), a visita da missão técnica da União Européia (UE) que esteve em Minas Gerais para verificar o sistema de rastreabilidade do rebanho bovino, plantas frigoríficas com inspeção federal, propriedades rurais e Unidade Estadual de Defesa Sanitária Animal (IMA).
A comitiva européia, integrada por dois médicos veterinários Jellen Goossens da Bélgica e Pavel Bravek da República Tcheca, esteve acompanhada de técnicos do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e das áreas de inspeção federal, rastreabilidade e de defesa sanitária animal da Superintendência Federal da Agricultura (SFA) de Minas Gerais.
Os auditores, que chegaram ao estado na quarta-feira, 28, vistoriaram no mesmo dia, uma unidade do grupo Lopesco Indústria de Subprodutos Animais Ltda, em Araguari, no Triângulo Mineiro. No dia 29, quinta-feira, eles visitaram a Fazenda Pontal, de propriedade do pecuarista Élson de Oliveira, que mantêm um plantel de 1.789 animais aptos para serem exportados para UE.
Para o gerente geral da Lopesco em Minas, Manuel Rosa Júnior, a visita dos auditores europeus na empresa transcorreu dentro das expectativas. Ele acredita que "o levantamento de informações sobre a unidade em Araguari foi bastante positiva e que a planta está dentro dos requisitos exigidos para continuarem exportando seus subprodutos para à comunidade européia".
Na sexta-feira, 30, os europeus visitaram o município de Prata, no Pontal do Triângulo, onde auditaram a Fazenda Paraíso do Prata, apta por eles para exportação, de propriedade da pecuarista Ruth Alves Barros da Rocha e Outro, que mantêm um plantel de 2.193 bovinos. No mesmo dia, no período da tarde, eles visitaram o escritório seccional do IMA do município, onde tiveram a oportunidade de conhecer toda a estrutura do órgão de defesa sanitária animal do estado.
 

Opiniões

Segundo o diretor geral do IMA, Altino Rodrigues Neto, embora os europeus não opinem abertamente, os trabalhos realizados em Minas Gerais podem ser considerados de boa qualidade.
Para o Superintendente Federal de Agricultura em Minas Gerais, Humberto Ferreira de Carvalho Neto, a avaliação dos europeus é importante porque os resultados balizam outros mercados compradores de carne que interessam ao estado. "Como eles são bastante exigentes com relação às importações de carnes, a avaliação positiva das missões se torna um facilitador para Minas entrar em outros mercados", afirma.
Uma das exigências, diz Humberto Ferreira, é que os frigoríficos só podem exportar carne de propriedades habilitadas, que estejam no Banco de Dados do Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e no Banco de Dados Oficial da União Européia. No Brasil, hoje, são 806 fazendas nesta condição e 367 delas, em Minas Gerais.
Segundo Humberto Ferreira de Carvalho Neto, o grande diferencial de Minas Gerais para o bom andamento dos trabalhos de defesa sanitária animal é a ótima parceria entre a Superintendência Federal de Agricultura (SFA) e o IMA. "Há no estado uma verdadeira integração entre a defesa sanitária federal e estadual".
Lideranças da pecuária mineira, principalmente do Triângulo Mineiro, ouvidas pela Assessoria de Comunicação do IMA, disseram que "não há nada de extraordinário nesta visita, os europeus estão apenas cumprindo o protocolo dentro de uma programação feita anteriormente na última vez que aqui estiveram. Eles apenas verificaram se os procedimentos estavam sendo cumpridos". "O pecuarista tomou consciência da importância da certificação e está fazendo o dever de casa". "Encaramos a visita com naturalidade e acreditamos que não haverá surpresas. Os europeus vão achar que está tudo de acordo com que eles esperam, pois a rastreabilidade em Minas Gerais está caminhando bem", disseram.

 

Cai o índice de exportação

 

A União Européia (UE) apresentou fortes aumentos nos preços dos bovinos durante 2008, principalmente como resultado das menores importações de carne bovina do Brasil e da menor produção.
De janeiro a outubro de 2008, os volumes de importação da UE caíram em 38%, para 202.900 toneladas com relação ao ano de 2007. As importações de carne bovina brasileira, o principal fornecedor do produto ao bloco europeu, caíram em 71%, para 61.400 toneladas em 2008 como resultado de uma barreira parcial.

FONTE: IMA

 

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