O aumento de mais de 600% no volume das exportações brasileiras de material genético bovino e de suplementos nos últimos anos foi apontado, durante reunião da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio, como um dos destaques das negociações internacionais feitas pelo país. O evento aconteceu, em São Paulo (SP), na terça-feira (09/12) e contou com a presença de empresários de vários segmentos do agronegócio e representantes de associações de produtores, como o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), José Olavo Borges Mendes.
A alta nas exportações vem ocorrendo graças ao trabalho de marketing e de revisão de protocolos sanitários desenvolvido pelo Brazilian Cattle, consórcio de exportação formado pela ABCZ e por empresas do setor pecuário e que conta com o apoio da APEX-Brasil.
"O consórcio passou de US$14 milhões exportados em 2004 ara US$ 86 milhões em 2007. A expectativa é que este ano os valores ultrapassem os US$ 90 milhões", disse o superintendente de Marketing da entidade, João Gilberto Bento durante a reunião, que ocorreu na delegacia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em São Paulo. Segundo ele, os participantes da reunião destacaram ainda a experiência da ABCZ nas negociações internacionais de material genético. Este ano, a associação conseguiu em conjunto com os ministérios da agricultura do Panamá e do Brasil assinar o protocolo sanitário entre os dois países para exportação de material genético. Antes do acordo, o Brasil não podia exportar para a América Central, considerada porta de entrada para se atingir futuramente o mercado dos Estados Unidos.