Uma comitiva formada por 35 criadores da Nicarágua visitou hoje (21/08) a sede da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), em Uberaba/MG, onde conheceram o trabalho realizado pela associação e pelo consórcio de exportação Brazilian Cattle Genetics. Os visitantes estrangeiros aproveitaram a passagem pela "capital do zebu" e participaram da 1ª ExpoGenética e do 7º Congresso Brasileiro das Raças Zebuínas.
No parque de exposições Fernando Costa, os criadores nicaragüenses conheceram de perto exemplares de zebuínos que representam o que há de melhor no rebanho nacional, uma vez que são oriundos de vários programas de melhoramento genético. Entre os visitantes, estava o presidente do Partido Liberal Constitucionalista da Nicarágua, deputado Jorge A. Castillo Q. e o presidente do frigorífico Matadero de Condega EMCASA, Yasser Zalán.
De acordo com os criadores, 80% do rebanho da Nicarágua é formado por animais das raças zebuínas brahman, guzerá e gir. Apesar do protocolo sanitário não permitir que a Nicarágua importe animais vivos e até mesmo material genético bovino do Brasil, os criadores acreditam que a abertura desse mercado será importante para o país da América Central, que deseja melhorar a qualidade e a produtividade de carne e leite de seus animais. A intenção dos nicaragüenses é que o país seja referência em pecuária, por isso, há o interesse em importar do Brasil também a tecnologia que é aplicada em nosso processo de produção.

O único país da América Central que pode receber material genético zebuíno é o Panamá. A restrição da Nicarágua deve-se, sobretudo, ao fato de que na década de 20 houve um surto de febre aftosa no país, o que obrigou os pecuaristas a abaterem milhares de animais.