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18 DE AGOSTO DE 2008. POR LARISSA VIEIRA

ExpoGenética discute rumos do melhoramento genético animal

ExpoGenética discute rumos do melhoramento genético animal

Centenas de criadores de gado e pesquisadores da área de melhoramento genético de bovinos acompanharam na manhã desta segunda-feira (18/08) os avanços nas pesquisas sobre genética. O diretor Executivo da Embrapa Kepler Euclides Filho falou sobre o melhoramento genético na sociedade da informação durante o 7º Congresso Brasileiro das Raças Zebuínas. O evento acontece dentro da 1ª ExpoGenética, feira organizada pela ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu). Segundo ele, a tendência do setor agropecuário é de intensificar a produção aumentando a produtividade. É preciso ainda garantir a qualidade do produto final e a transparência em todo o processo de produção. "Atualmente, a velocidade das transformações requer do criador uma análise de risco, monitoramento das tendências, atendimento ao consumidor, estudo de cenários", diz Kepler.
No caso dos programas de melhoramento genético, a tendência é de que eles proporcionem aos criadores um processo de seleção cujo produto final tenha maior valor agregado já que o mercado está mais exigente. Em geral, os programas incorporaram nos últimos anos aos seus resultados informações genéticas, entre elas marcadores moleculares, ligadas à maciez da carne e maior produção de leite.
A segunda palestra da manhã também trouxe informações sobre marcadores moleculares, além de outros avanços genéticos. O pesquisador da Embrapa Gado de Corte, Roberto Augusto de Almeida Torres Júnior, ministrou palestra "O melhoramento animal nos tempos modernos: do uso das DEP´s aos dados moleculares". A DEP, ferramenta utilizada para seleção de animais, é uma medida da diferença entre a média da progênie de um touro e a de um grupo de touros referência quando acasalados com fêmeas semelhantes. Segundo o pesquisador, a seleção através das DEP´s é um investimento em ganhos futuros e permite obter genética de qualidade com menor custo. Outra preocupação do criador deve ser com o acasalamento. É preciso conhecer o pedigree do animal para evitar consangüinidade, o que pode resultar em bovinos defeituosos. A idade do touro também deve ser levada em conta. "Reprodutores mais velhos podem ser usados nos acasalamentos desde que apresentem bom desempenho no sumário de touros e nas avaliações genéticas", diz Roberto.
A ExpoGenética e o 7º Congresso Brasileiro das Raças Zebuínas vão até sexta-feira.

 

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