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23 DE JUNHO DE 2008. POR RENATA THOMAZINI

ABCZ participa de encontro sobre sanidade durante Feicorte

Na quinta-feira (19/6) o superintendente de Marketing e Comercial da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), João Gilberto Bento, participou de encontro que reuniu lideranças da cadeia  produtiva da carne durante a Feicorte, realizada em São Paulo (SP). O evento aconteceu em torno de temas ligados à sanidade animal em todo o mundo. Além da ABCZ estavam presentes, também, representantes da CNA, Conselho Nacional da Pecuária de Corte, do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Ícone), entre outros. O evento contou, ainda, com uma palestra do especialista em Saúde Animal Ralph Ashmead sobre os sistemas sanitários adotados por países como Estados Unidos, Canadá, Austrália, União Européia.

Segundo João Gilberto Bento, os exemplos dos Estados Unidos e do Canadá são interessantes, uma vez que nesses países a certificação das ações relacionadas à sanidade dos animais nas propriedades é atestada por médicos veterinários, credenciados junto ao governo, mas que fazem parte do quadro de colaboradores da própria fazenda. "Acredito que aqui no Brasil, um país continental, possamos evoluir para um modelo misto, onde as grandes e médias propriedades exportadoras possam ser auditadas pelas certificadoras e pelo governo, mas as pequenas propriedades, nas quais os produtores nem têm condição financeira para arcar com as despesas com a certificação, o sistema possa ser diferenciado, com a participação das entidades sanitárias, a exemplo do que é feito hoje", afirma.

Os dados do Ministério de Desenvolvimento Agrário dão conta de que cerca de 85% das propriedades pecuárias brasileiras estão abaixo de 100 hectares. O que quer dizer que existe muita disparidade entre as propriedades rurais e sua realidade financeira e cultural. Existem muitas pequenas propriedades no país. Para o superintendente da ABCZ, encontros como o realizado durante a Feicorte abrem caminho às discussões e são ricos em oportunidades. "Dessa forma podemos conhecer com profundidade as experiências de outros países. Temos que encontrar nosso eixo de equilíbrio para que as questões sanitárias, principalmente envolvendo a rastreabilidade, sejam tratadas de forma mais justa no Brasil, para que os pequenos proprietários não sejam penalizados a ponto de não conseguirem suprir suas necessidades básicas e acabem desistindo de produzir", afirma.

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