Brasil e Panamá assinaram hoje (02/05) protocolo sanitário liberando as exportações de material genético (sêmen e embriões) bovino brasileiro. O documento foi assinado pelo ministro da Agricultura do Panamá, Guilhermo Salazar, e pelo secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, Inácio Kroetz, durante cerimônia ocorrida no Salão Internacional da ExpoZebu 2008, maior feira zebuína do mundo. "Precisamos aumentar a nossa produção de carne e de leite para elevarmos as exportações. Só conseguiremos fazer isso se investirmos em genética de qualidade, como é a genética do zebu brasileiro", diz Salazar. Segundo ele, a assinatura do protocolo pode ser considerada um marco histórico para seu país.
O Panamá conta com um rebanho de dois milhões de cabeça e nunca registrou um foco de aftosa. Por isso, o país exporta carne para mercados exigentes como Japão e Coréia. Kroetz acredita que o protocolo vai abrir novos mercados para a genética zebuína brasileira. "Precisamos desse aval para chegarmos a países mais exigentes", declara o secretário.
O Panamá é a primeira nação da América Central a assinar protocolo com o Brasil para material genético. "O país será um importante pólo distribuidor de sêmen e embrião de zebuínos brasileiros para outros países da região, inclusive para o México, na América do Norte", informa o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), José Olavo Borges Mendes, que através do consórcio de exportação Brazilian Cattle Genetics, participou das negociações para a elaboração do protocolo sanitário. Segundo ele, os panamenhos devem importar principalmente material genética das raças brahman e gir leiteiro.

A ExpoZebu 2008, que acontece de 28 de abril a 10 de maio, é uma realização da ABCZ, com patrocínio da Coca-cola, Tortuga e Banco do Brasil, e apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Apex-Brasil, Governo de Minas, Cemig, Senar e Fazu.