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09 DE ABRIL DE 2008. POR RENATA THOMAZINI

Diretor de Saúde e Bem-Estar Animal da União Européia elogia ABCZ

Com intuito de conhecer a estrutura da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), o diretor de Saúde e Bem-Estar Animal da União Européia, Bernard Van Goethem, visitou ontem a tarde (8/4) a sede da entidade, localizada em Uberaba (MG). Goethem, que é de Luxemburgo, estava acompanhado da técnica inglesa Emma Soto e do secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) Inácio Afonso Kroetz. O secretário aproveitou para anunciar que a ABCZ terá um representante integrando o Comitê Técnico Consultivo do Sisbov (Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos), que está sendo criado junto a Secretaria de Defesa Agropecuária. O representante será escolhido pelo presidente da entidade, José Olavo Borges Mendes. O intuito do comitê é avaliar as diretrizes, propor idéias e estudar as questões relacionadas ao Sisbov.

Os representantes da UE mostraram-se impressionados com a estrutura apresentada pela equipe da ABCZ. Atualmente, a entidade congrega 17 mil associados e está representada em todo o Brasil por meio de 23 escritórios e cinco filiadas. A ABCZ é delegada do Mapa para realizar o registro dos animais zebuínos e, ainda, promove o melhoramento genético das raças zebuínas. Além de conhecer de perto como funciona a comunicação on-line entre criadores, técnicos da ABCZ e a sede, os visitantes receberam informações de como o serviço prestado pela entidade é realizado, sobre os mecanismos disponibilizados para facilitar o gerenciamento do rebanho pelos criadores e perceberam, também, a credibilidade de todo o processo. Segundo Van Goethem, a perícia que a ABCZ possui em termos de tecnologia da informação e gerenciamento de banco de dados, somada à interação que possui com o ministério, pode contribuir muito para com o processo de  rastreabilidade do rebanho brasileiro. "Não sei se existe uma entidade na Europa com uma estrutura tão bem alicerçada como a ABCZ", afirmou o diretor de Saúde e Bem-Estar Animal da União Européia.

Reabertura de mercado

Até o final do segundo semestre deste ano o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Inácio Afonso Kroetz, espera retomar o ritmo de exportação de carne bovina in natura para a União Européia. "As auditorias nas propriedades e certificadoras já começaram. Treinamos o pessoal e agora, a medida em que as certificadoras e propriedades forem auditadas e estiverem dentro do padrão exigido, as fazendas serão liberadas para exportar", explica. Kroetz afirma que é preciso ampliar a lista com segurança. "Em 2007 exportamos cerca de 300 mil toneladas de carne bovina in natura para esse mercado, com 6400 ERAS (Estabelecimento Rural Aprovado no Sisbov) . Hoje temos apenas 94 ERAS. Mas, esse número vai aumentar até o final do ano, assim que todos os itens necessários sejam estabelecidos e as certificadoras realizem o trabalho de forma correta", ressalta. O secretário informa que essas auditorias que estão sendo realizadas continuarão. Elas acontecerão a cada seis meses, para garantir a que o processo de certificação seja cumprido de acordo com as determinações do Mapa.

Durante a visita do  diretor de Saúde e Bem-Estar Animal da União Européia, Bernard Van Goethem ao Mapa, em Brasília (DF), ocorrida na segunda-feira (7/4), discutiu-se muito sobre o sistema de rastreabilidade e a erradicação da febre aftosa. Esta é a primeira visita oficial de Van Goethem ao país e ele reconheceu o esforço brasileiro em atender as exigências do mercado europeu para a compra de carne bovina in natura. O diretor ressaltou o treinamento de 200 fiscais que atuam no Sisbov, iniciado na semana passada, e disse que essa é a primeira vez na história em que auditores da União Européia treinam fiscais de outros países. "Essa ação ressalta o interesse da União Européia para que o Brasil atenda os requisitos do acordo. O treinamento também traz um elemento interessante: os próprios agricultores e os oficiais brasileiros vão entender melhor o motivo dos requisitos que estão implementados", explica.

 

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