O recente embargo da União Européia em relação à carne brasileira não deverá atrapalhar as exportações do consórcio Brazilian Cattle Genetics. De acordo com o gerente de Relações Internacionais da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Gerson Simão, as perspectivas para esse ano são positivas. "Se não tivermos nenhum problema sanitário, as negociações com outros países tenderão a ampliar ainda mais. Temos boas perspectivas de assinar vários protocolos sanitários importantes, dentre eles com o Panamá", explica Simão.
Os números mais recentes confirmam a expansão da pecuária brasileira no exterior. Em 2007, o Brazilian Cattle Genetics, gerenciado pela ABCZ com o apoio da APEX-Brasil, exportou um total de USD 60.140.782,15. O valor ultrapassou em 140% a meta prevista, que era de USD 25. 000.000,00. "Esse crescimento deve-se em boa parte ao número de animais vivos exportados para abate e a um aumento significativo de doses de sêmen comercializadas", lembra o gerente da ABCZ.
Em 2006, o volume total de bovinos exportados pelo Brasil foi de 246.176 animais, gerando uma receita de USD 73.406.610,00. Já em 2007, o volume total foi de 438.426 animais gerando uma receita de USD 265.242.409,00, o que significou um aumento de receita de 260%. O ano de 2007 marcou o início das exportações de animal vivo para abate para a Venezuela. Foram exportados para o país cerca de 247.299 animais gerando USD 189.018.432.
As vendas de sêmen também apresentaram um crescimento significativo. Em 2007, foram comercializadas 162.946 doses, enquanto em 2006 foram exportadas 104.774. Em termos de valores, houve um aumento de 90% de aumento em relação ao ano anterior. No último ano, foram comercializados um total de USD 908.512. Com relação aos mercados, em 2007, o destaque foi o Paraguai que representou cerca de 46 % das exportações, seguido da Colômbia com 19% e do Equador com 16%. O protocolo com o Equador foi viabilizado exclusivamente pelo Brazilian Cattle através de projetos compradores.
As exportações de embriões também avançaram em 2007. Neste ano, houve a primeira exportação de embriões para o Canadá, país livre de febre aftosa sem vacinação. Foram exportados embriões das raças nelore, guzerá, gir leiteiro e girolando.
Outros produtos como sementes de pastagem, equipamentos, produtos veterinários e de nutrição animal também foram exportados pelo Brazilian Cattle Genetics.