Diretores da entidade Rafael Mendes e Nelson Pineda estiveram em Brasília na quinta-feira (9/8) para participar de reunião da Câmara Setorial da Carne Bovina, que tratou de assuntos relacionados à Cadeia Produtiva da Carne e ao Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov). Entre os principais assuntos discutidos estava a visita de uma missão da União Européia(UE) ao Brasil, que deverá acontecer em outubro deste ano. Segundo o diretor Rafael Mendes, foram mencionados durante a reunião pontos relacionados às deficiências brasileiras observadas no último relatório da UE, enviado ao governo brasileiro depois da última visita. ?Foi uma oportunidade de envolvermos todos os setores da cadeia produtiva da carne. É preciso chegarmos a um estado satisfatório para que o Brasil possa receber a auditoria da União Européia e mostrar sua evolução nos pontos criticados anteriormente", explica Rafael. O diretor informa que vários desses pontos estão em processo de adequação, tais como a avaliação da eficácia de vacinação, controle de inspeção dos frigoríficos, rastreabilidade. "Estamos nivelando nossos objetivos", analisa o diretor da ABCZ. De acordo o diretor Nelson Pineda, as secretarias de Defesa Aanimal e de Produção, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, colocaram de maneira muito clara as providências que estão sendo tomadas em termos de controle da febre aftosa, e, principalmente, das resoluções dos problemas enfrentados para adequação do novo Sisbov. ?Toda mudança é traumática. Os números mostram o avanço que o setor está tendo quanto a sanidade e rastreabilidade?, afirma. Pineda destaca a atitude conciliadora do ministro Reinold Stephanes, que, segundo ele, é um indivíduo que tem grande poder de concentração e análise. ?Fiquei impressionado com a maneira com que ele conduziu a reunião. Nós vemos como UE é cada vez mais exigente com o Brasil. Eles querem segurança para seus consumidores, mas o Brasil não pode admitir que as missões venham sem avisar?, critica. Pineda ressalta que muitas missões clandestinas têm vindo ao Brasil. Rafael Mendes lembra que mesmo apontando deficiências no sistema brasileiro, a missão da UE reconhece os avanços de legislação no que tange os princípios e conceitos sanitários, rastreabilidade e certificação. Segundo Rafael, é necessário que toda a cadeia faça uma força-tarefa para obtenção de melhor resultado para o País. "Está em jogo não apenas a exportação para UE, mas a recuperação de áreas que ainda estão sob embargo de exportação", finaliza. A ABCZ tem sido atuante nas questões que envolvem a Cadeia Produtiva da Carne.