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07 DE NOVEMBRO DE 2006. POR LARISSA VIEIRA

Especialistas discutem na ABCZ como deve ser o zebu ideal

Os atuais critérios de seleção das raças zebuínas começaram a ser discutidos por mais de 500 especialistas e criadores de gado durante o 2º Seminário de Revisão de Critérios de Seleção das Raças Zebuínas. A proposta é traçar o biótipo do bovino mais viável economicamente e dentro das exigências dos mercados interno e externo. O evento, que acontece em Uberaba (MG) até o dia 9, foi aberto pelo diretor da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ, José Rubens de Carvalho, que representou o presidente Orestes Prata Tibery Júnior. Participaram da solenidade de abertura representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, das Secretarias estadual e municipal (Uberaba) de Agricultura, do Instituto Mineiro de Agropecuária e da Fundagri (Fundação Educacional para o Desenvolvimento das Ciências Agrárias, entidade mantenedora das Faculdades Associadas de Uberaba -FAZU). Na abertura do Seminário, o diretor da ABCZ e pecuarista Nelson Pineda abordou as perspectivas para a pecuária dentro da atual conjuntura de mercado. ?O setor está passando pela pior crise dos últimos tempos. Enquanto os custos aumentaram 28%, o preço pago ao produtor despencou. Se a base da pecuária não crescer, que é a pecuária de corte, não tem como o restante da cadeia voltar a registrar crescimento?, diz Pineda. Segundo ele, o Brasil precisa conhecer qual o tipo de carne os consumidores em potencial, como a China, querem para, a partir daí, definir qual o tipo de animal vai atender esse mercado consumidor. Dividido em quatro painéis, o evento em pauta na primeira manhã de discussões a influência do ambiente no desenvolvimento dos animais. ?A existência de possível interação genótipo-ambiente faz com que indivíduos identificados como geneticamente superiores em um ambiente de criação podem não ser igualmente superiores em outros ambientes de exploração?, disse o professor de Melhoramento Animal da Escola Veterinária da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), Jonas Carlos Campos Pereira. Ele alerta que a possibilidade de existência de interação genótipo-ambiente é algo concreto, mas, ainda, com resultados contraditórios. Já o pesquisador Selmos Luiz Gressler abordou as diferenças entre a seleção natural e a artificial. Enquanto a seleção natural busca preservar os genes que irão garantir a preservação da espécie no ambiente, a artificial prioriza genes capazes de trazer benefícios ao ser humano. Segundo o especialista, a seleção de características reprodutivas, desde que dentro de um limite fisiológico apropriado, é favorecida pela seleção natural. Esta tarde, as discussões no 2º Seminário de Revisão de Critérios de Seleção das Raças Zebuínas serão sobre a visão dos frigoríficos sobre o tipo de carcaça. Amanhã, haverá o painel sobre a procura do biótipo produtivo ideal e sobre o impacto das características raciais na seleção.

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