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04 DE OUTUBRO DE 2006. POR LARISSA VIEIRA

SC terá apoio para obter status de zona livre de aftosa junto à OIE

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luís Carlos Guedes Pinto, recebeu hoje (03/10) do governador de Santa Cataria, Eduardo Pinho Moreira, o cronograma de atividades a serem adotadas pelo estado para obter o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa sem vacinação. Técnicos catarinenses farão, entre outros procedimentos, inquéritos soroepidemiológicos para avaliação de circulação viral e certificação de não vacinação contra a doença. Os resultados serão encaminhado à OIE em 19 de fevereiro de 2007. Os representantes da entidade se reúnem dia 25 de maio de 2007, para analisar os pedidos apresentados pelos países. Moreira lembrou que Santa Catarina é o único estado brasileiro com status de área livre de aftosa sem vacinação. Agora, afirmou, o estado precisa da ajuda do governo federal e do Ministério da Agricultura para obter este reconhecimento. ?Quem faz as negociações com outros países é o governo federal, os ministérios das Relações Exteriores e da Agricultura. Por isso Santa Catarina quer que o governo federal participe e encaminhe nosso pleito?, declarou Moreira logo após reunião com o ministro Guedes. Na avaliação do governador, o reconhecimento da OIE será importante para abertura de novos mercados como Japão e Coréia. Além disso, ajudaria na recuperação dos prejuízos causados pelo embargo Russo decretado após o surgimento de focos de aftosa no Mato Grosso do Sul e Paraná, no ano passado. ?Temos dificuldade na exportação de carne suína para a Rússia. Esse embargo já se arrasta há muito tempo. O prejuízo é de um milhão de dólares por dia e é necessário o aval técnico para podermos exportar livremente?, disse o governador. Para o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA), Nelmon de Oliveira, tecnicamente, a proposta catarinense é possível, mas não é fácil. ?O Mapa vai encaminhar o pedido com todo o embasamento cientifico, técnico e de acordo com as normas da OIE?, afirmou. ?A manifestação que temos recebido da instituição é contra a liberação de novas áreas enquanto o Brasil não finalizar os episódios da doença, ocorridos no ano passado,? argumentou Oliveira. Ele ressaltou, contudo, que se o estado obtiver sucesso poderá servir de exemplo para outras unidades da federação. ?Isso teria um efeito positivo, porque estimularia outros estados a buscarem o mesmo status?. Com rebanho superior a 2,4 milhões de cabeças de gado, Santa Catarina está há 14 anos sem registro de aftosa em seu rebanho e há seis anos deixou de vacinar. Fonte: Mapa

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